quarta-feira, 23 de março de 2011

O dilema do crescimento universitário público federal versos a estruturação para recebimento desses cursos na UFERSA

Desde que se tornou Universidade Federal Rural do Semi-Árido que esta autarquia não para de crescer, e isto é bom, pois está abrindo vagas no ensino público federal no nosso humilde Rio Grande do Norte. Mas para os alunos que ali adentraram existem algumas implicações consideráveis. Como se trata de cursos novos não existe qualquer estruturação (bibliotecas, salas de aulas, laboratórios, etc.) prévia para receber estes alunos. Está tudo na base do abrimos e depois resolvemos.

São constantes as queixas ao eminente reitor e as promessas são muitas, sempre acompanhadas de desculpas baseadas na burocracia institucional, e não na limitação de recursos – já que as verbas para abrir os cursos são disponibilizados pelo MEC. A antiga ESAM não tinha mais que dois cursos universitários e hoje estamos partindo para 30 cursos a serem oferecidos no ano de 2012 pela UFERSA. Mas de dois cursos para trinta existe uma diferença considerável em todas as instancias – número de discentes, professores, funcionários técnicos, salas, banheiros, laboratórios, vagas de estacionamento, paradas de ônibus, faixa de pedestres, sinalização dentro do campus, etc., e muito pouco de estrutura foi disponibilizado. Hoje, basicamente o mínimo necessário: salas de aulas sem condições de aula.

Pedir para diminuir ou parar o ritmo de crescimento não é bom, por que isso limitaria milhares de estudantes carentes de cursarem uma universidade. Deixar que isso justifique as faltas de condições para andamento dos cursos também não faremos. Devemos cobrar sim da reitoria, dos departamentos, do MEC, do governo federal, seja lá quem for, as melhorias que se mostram imediatas. Em nossa opinião, salas de aula com condicionamento de ar ou ventilação forçada ou natural que ofereça a mínima condição para o aluno assistir as aulas com mínimo de conforto (a região oeste onde estamos é naturalmente quente), uma biblioteca a disposição da comunidade acadêmica com no mínimo 30% de material disponível para o universo demandado, iluminação e pavimentação das vias de acesso no campus.

Precisamos, na condição de servidos do serviço público, começar a cobrar mais agilidade e efetividade e deixar de aceitarmos as mesmas desculpas de sempre. Se algo tem que mudar para que isso ocorra que seja logo, nem que precisemos mudar a burocracia institucionalizada!

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