quinta-feira, 3 de março de 2011

Carnaval e Política!

O Carnaval trais consigo muita alegria, diversão, descanço, brincadeiras e farras. Iniciamos o ano sempre após o mesmo, quando se tem um feriado prolongado que no caso deste ano em especial veio mais tarde. Temos sempre, como se de se esperar para qualquer feriado prolongado, alguns problemas típicos que se repetem ano após ano: acidentes nas estradas, aumento temporário da violência urbana, problemas com o abastecimento de água em algumas cidades onde a festa é maior, e também o aumento da proliferação das doenças sexualmente transmissíveis.

Como não poderia deixar de ser, esses problemas fazem parte da responsabilidade do governo (união, estados e municípios) que devem instituir políticas públicas que amenizem ou sanem tais problemas. Nuam sociedade mais avançada onde a população cobra dos seus representantes e entes estatais uma maior contribuição e regulação da sociedade esses problemas são bem menores. Vejamos os problemas parte a parte.

O problema dos acidentes nas estradas

Boa parte dos acidentes se dão pelo aumento do consumo de bebida alcoólica por parte dos motoristas. Mas temos também o aumento pelo simples fato da manutenção veicular (que é causada pela baixa frequência da maioria da população não ter dinheiro suficiente para sair noutras datas). O pai de família brasileiro, que não aguentava mais as péssimas condições do transporte público, adquire com seu baixo salário um veículo velho, e falta-lhe dinheiro para oferecer a correta manutenção. E quando nesta data faz uma viagem de Carnaval o mesmo não tem condições de uso para uma viagem prolongada. Temos ainda a baixa capacidade dos motoristas urbanos nas estradas e o desconhecimento destas que não são das melhores quanto a engenharia de tráfego. Mas voltando ao assunto do álcool, e não querendo ser um advogado do diabo, mas apenas tratando o assunto de forma as claras e sem falsa moral. Se o cara não tem o dinheiro para pagar a manutenção, como ele irá pagar um táxi? E falar para o trabalhador ficar sem tomar bebida alcoólica é pedir para ele não participar da brincadeira e deixar de curtir o Carnaval!

Aumento da violência urbana no Carnaval

Este tema é o combustível especial de Carnaval para os programas televisivos policiais. Todos tratam o assunto como se fosse apenas da esfera policial, e a cada ano os governos estaduais aumentam o efectivo policial nas ruas sem que isso implique necessariamente em diminuição da violência. Vejamos, o marginalizado da favela que passou a sua vida excluído desta festa e "ficou na rua só estacionando os carros" vendo uma movimentação intensa de turistas com dinheiro, ele não poderia de deixar de pensar nisso como uma oportunidade, na lei da sobre vivência ele está apenas tentando escapar. Não mudaremos esses índices sem uma política de longo prazo.

Problemas estruturais que que se acentuam no Carnaval

Estes não precisava nem falar. São básicos da má administração municipal, estadual e federal. Problemas históricos desde o tempo do Brasil Colônia. As estradas federais não comportam o fluxo de veículos, as cidades mesmo sabendo antecipadamente das obras necessárias para rescepcionar essa população móvel que não se antecipam, o comércio que pratica o aumento de preços se aproveitando das necessidades do folião, etc.

E por fim, o aumento das doenças sexualmente transmissíveis no Carnaval

Onde entra a politica nesse assunto? Com certeza em tudo, porque a concientização da população dos riscos, a distribuição gratuita de preservativos, a quebra dos tabus atravez de campanhas públicas do uso e disponibilização da mesma sempre a mão, ou seja, tudo que possa facilitar a prevenção e descartar a possibilidade de se apelar para a ideologia moralista praticada pela igreja que simplesmente que resolver uma questão natural humana, como é o sexo, com uma lei impositiva. Fazer sexo é a coisa mais natural no mundo animal e não poderia ser diferente conosco. Dizer a um jovem de 16, 17 anos para não fazer sexo é contra tudo que seu corpo pede naqule momento. Daí a importância de se tratar desse assunto como política pública nas escolas, na televisão, igrejas, etc.

Mas cabe a população, a mim e a você, a conciencia pessoal de preservação e cooperação. Passar lá num ponto de distribuição de preservativos e pegar algumas mesmo que não esteja fazendo planos para tais (caso de homens casados, comprometidos) pois nunca se sabe o que pode ocorrer, e fazer sem prevenção é bem pior. Existe aqueles que estão pensando em números, e quanto mais fazer como parceiros distintos melhor, a estes maior reflexão. Não digo que não faça, nem que faça, mas que se for misturar álcool com sexo que pelo menos tenha a mão o preservativo, e só aceite fazer com o mesmo, mesmo que a contragosto da outra parte - não é porque você vai estar bêbado que deixará de saber que isso pode lhe trazer um grande mau!





Bom Carnaval a todos!!!

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