sábado, 14 de abril de 2012

Política industrial do pré-sal mira mercado de US$400 bi

Que bom que o Brasil foi agraciado com uma reserva "mineral" tão vasta como é o Pré-Sal. Uma riqueza impressionante que proporcionará aos brasileiros um futuro mais certo e rico. Precisamos agora começar a pensar como um país próspero, de pleno emprego, crescimento contínuo, e boas oportunidades para todos.

Os desafios serão muitos! Profissionais bem jovens ocuparão cargos de maior responsabilidade e liderança, onde se faz necessário maturidade emocional e um pensamento racional de longo prazo. Não podemos mais dispensar as pessoas que estão a nossa volta, precisaremos de todos! Um investimento dessa ordem abrirá muitas oportunidades. O desafio da Petrobras é mais que dobrar a produção nacional, o que passamos mais de cinquenta anos para alcançar agora será batido em sete anos! Para quem conhece um pouco da E&P (Exploração e Produção) sabe que produzir 2 milhões de barris de petróleo (que equivale a 338 mil caixas d'água de 1000 litros) não é nada fácil. Basta pensar que para isso temos mais de 250.000 pessoas trabalhando diretamente para isso, desses apenas cinquenta mil funcionários BR.

O desafio é muito grande. Sinta-se motivado para contribuir, com certeza o Brasil precisará de todos que se disponibilizem.  

Política industrial do pré-sal mira mercado de US$400 bi

Agência Estado

A demanda doméstica por bens e serviços em exploração e produção offshore de petróleo está calculada em US$ 400 bilhões (cerca de R$ 720 bilhões) até 2020, segundo número usado como referência pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), calculado pela consultoria Booz. O montante dimensiona a margem que governo e Petrobras têm para fazer política industrial com o pré-sal e criar uma rede nacional de fornecedores.
 
O dado consta de documento do departamento da Cadeia Produtiva de Óleo e Gás do BNDES, criado há seis meses para ajudar a desenvolver a indústria de petróleo no País. "A política de conteúdo local vai exigir que quem ganhar novos contratos instale fábrica aqui. As empresas estão vindo, há várias conversando com a gente", diz o chefe do departamento, Ricardo Cunha.
 
As iniciativas para se aumentar a produção e vencer os gargalos da indústria foram impulsionadas após a entrada de Graça Foster no comando da estatal e da contratação no Brasil, pela Petrobras, de mais 26 sondas de perfuração para o pré-sal, ambos em fevereiro. As metas são atrair novas empresas, expandir o financiamento e formar técnicos usando contratos da Petrobras como chamariz. Um atraso no desenvolvimento da cadeia significaria atrasar a exploração do pré-sal ou resultar na importação de equipamentos e serviços.
 
"Ela cobra rapidez para atingir a meta de 5,8 milhões de barris por dia em 2020 (mais que o dobro de hoje), número que repete em reuniões", diz empresário ligado à contratação das sondas.
 
BNDES, Transpetro, estaleiros, grandes fornecedores, associação de máquinas e equipamentos (Abimaq) e da indústria naval (Sinaval) participam de grupos de trabalho para enfrentar os gargalos. O modelo desenhado para as sondas - primeiro faz-se o contrato e depois monta-se a indústria que vai construí-la - pode ser repetido com a cadeia de fornecedores, de acordo com os envolvidos, que preferem não se identificar já que as discussões estão em andamento.

Petrobras avalia solução para greve em complexo petroquímico



A greve no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), uma das maiores obras da Petrobras em andamento, entrou hoje no seu quinto dia com uma luz no fim do túnel.

O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, informou que vai avaliar amanhã (13), com sua equipe, possíveis soluções para resolver o impasse que coloca de um lado os 14 mil trabalhadores da construção do Comperj e do outro os consórcios das construtoras responsáveis pela obra.

Os trabalhadores pedem ajuste salarial de 12% e vale alimentação de R$ 300, enquanto as construtoras acenam com 9% e vale de R$ 280.

"Vamos fazer uma avaliação interna amanhã para achar uma solução. Eu quero obra", disse Costa à Folha.

O executivo já fez três reuniões com os trabalhadores e uma com as construtoras, e considerou que as conversas "estão avançando".

O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Mobiliária de São Gonçalo, Luiz Augusto, está otimista com a entrada em cena do diretor e espera que até a próxima terça-feira o conflito esteja resolvido.

"Mas não vamos abrir mão do nosso pedido de ajuste salarial e do vale", afirmou o sindicalista, que hoje se reuniu com a categoria para explicar como estão as negociações.

Além das duas reivindicações, o sindicato quer que os trabalhadores recebam pelos dias parados por causa de greves realizadas nos últimos meses, que somam cerca de 30 dias.

O Comperj está sendo construído desde 2008 no município de Itaboraí, a 45 quilômetros do Rio de Janeiro, e até hoje só tem 30% da obra construída.

A previsão inicial era de que entrasse em operação esse ano, mas as sucessivas greves e problemas climáticos adiaram para 2014 o início da produção da primeira unidade, com capacidade de processar 165 mil barris diários de petróleo.

A segunda unidade terá o mesmo porte, mas ainda não há data para sua construção.

O Comperj será formado por uma refinaria e unidades geradoras de produtos petroquímicos de 1ª geração como propeno, butadieno, benzeno, entre outros, e com uma capacidade de eteno da ordem de 1,3 milhão de toneladas/ano.

Haverá também um conjunto de unidades de 2ª geração petroquímica com produção de estireno, etileno-glicol, polietilenos e polipropileno, entre outros.