terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mercado eleitoral

Escrito por Frei Betto

O jogo é um vício nefasto. Ao contrário da bebida e da droga, a pulsão pela aposta não altera o estado de consciência e arrisca os recursos financeiros do jogador. Dostoiévski que o diga.

A fantasia de ganho fácil faz naufragar a razão na emoção. O jogador dobra apostas, blefa, convicto de que a sorte, mulher apaixonada, jamais o abandona.

O processo eleitoral, tal como ocorre hoje, não seria um jogo? A maioria dos candidatos é motivada pelo ideal de servir ao bem comum ou pela ambição de ocupar uma função de poder e, assim, assegurar melhor futuro para si e os seus?

Já no século IV a.C., Aristóteles, que defendia a rotatividade no poder como predicado da democracia, observava na Política (livro III) que as coisas mudavam porque, "devido às vantagens materiais que se tira dos bens do Estado ou que se alcança pelo exercício do poder, os homens desejam permanecer continuamente em funções. É como se o poder conservasse em permanente boa saúde os que o detêm...".

Hoje, isso se acentua. Os candidatos, salvo exceções, não têm programas (exceto no papel), mas performance; nem objetivos, mas compromissos com aliados; nem princípios ideológicos, mas o pragmatismo que ignora a ética mais elementar. A política se tornou a arte de simular e dissimular.

Os marqueteiros têm mais poder sobre os candidatos que o partido. Não se trata mais de divulgar um projeto político, e sim um produto capaz de seduzir o mercado eleitoral. O perigo, adverte Umberto Eco, é o político se tornar um produto semiótico, teatralizado.

Muitos políticos rezam pelo Breviário do cardeal Mazarin, escrito no século XVII, onde se multiplicam conselhos deste quilate: "Arranja-te para que teu rosto jamais exprima nenhum sentimento particular, mas apenas uma espécie de perpétua amenidade". Ou: "O importante é aprender a manejar a ambigüidade, a pronunciar discursos que possam ser interpretados tanto num sentido como no outro, a fim de que ninguém possa decidir".

Os marqueteiros são, hoje, os verdadeiros artífices das candidaturas. Os eleitores, o alvo mercadológico. A diferença com os produtos do supermercado é que estes são adquiridos para uso do consumidor. No caso da política, o eleitor é "consumido" para uso do candidato. Meses depois, o eleitor nem se recorda dos nomes a quem deu seu voto, embora se queixe dos políticos e da política.

A roleta eleitoral ainda não conseguiu eliminar do processo um fator incômodo: a entrevista. A mídia exerce poderosa mediação entre o candidato e o eleitor, daí as concessões feitas pelos partidos para ampliar suas alianças e garantir maior tempo de exposição midiática de seus candidatos.

A entrevista incomoda porque impede o candidato de manter-se nos estreitos limites da retórica recomendada pelos marqueteiros. Surgem perguntas indesejadas, questionamentos éticos, e as contradições que o candidato tanto gostaria de ocultar.

Sem entrevista, programa político e amor ao bem comum a democracia é mera farsa.

Frei Betto é escritor, autor do romance policial "Hotel Brasil – o mistério das cabeças degoladas" (Rocco), entre outros livros. Página do autor: www.freibetto.org -Twitter:@freibetto

Dilma já vendeu bugigangas e 'Cavaleiros do Zodíaco' no RS

Noticiado na Folha de São Paulo, a reportagem com o título acima demonstra que tipo de jornalismo a grande imprensa brasileira trabalha. Que propósito tem enfatizar um aspecto simples e desastroso da candidata como pequena empresária? Se somente tentar manchar sua imagem!


Ainda existem aqueles que vem alegar liberdade de imprensa, como se a imprensa se encontra nas mãos de uns poucos grandes empresários? Liberdades eles querem pra usar nos propósitos deles!

Não existe demérito algum por parte de Dilma em ter sido uma pequena empresária fracassada, muita empresários quebraram várias vezes até conseguir acertar a primeira vez. Ela sai dessa matéria fortalecida, pois demonstra que tem origem simples e trabalhadora.

Não a imprensa imperialista, não ao PSDB E DEM (PFL), não a José Serra. Se pensas diferente, opine.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

“Se dependesse do DEM, ProUni não existiria”, revela Elio Gaspari (O Globo/Folha de São Paulo)

Artigo do jornalista Élio Gaspari, publicada nos jornais O Globo (RJ) e Folha de São Paulo (SP) deste domingo (29), confirma que o PFL (hoje DEM) entrou com uma Ação de Inconstitucionalidade (ADI 3314) junto ao Supremo Tribunal Federal contra a iniciativa do presidente Lula de criar o ProUni.


Gaspari explica que “o ProUni transferiu para o MEC a seleção dos estudantes que devem receber bolsas de estudo em universidades privadas. Antes dele, elas usufruíam benefícios tributários e concediam gratuidades de acordo com regras abstrusas e preferências de cada instituição ou de seus donos”.

Segundo o jornalista, “com o ProUni, a seleção dos bolsistas (1 para cada outros 9 alunos) passou a ser impessoal, seguindo critérios sociais (1,5 salário mínimo per capita de renda familiar, para os benefícios integrais), de acordo com o desempenho dos estudantes nas provas do Enem. Ninguém foi obrigado a aderir ao programa, só quem quisesse continuar isento de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, PIS e Cofins”.

Ao entrar no STF com uma ação contra o ProUni, o PFL (hoje DEM), que aqui no Rio Grande do Norte é comandado pelos senadores José Agripino e Rosalba Ciarlini, queriam evitar que mais de 500 mil estudantes pobres do Brasil, muitos deles aqui no Rio Grande do Norte, entrassem na universidade.

“O DEM sustenta que são inconstitucionais a transferência da atribuição, o teto de renda familiar dos beneficiados, a fixação de normas de desempenho durante o curso, bem como as penas a que estariam sujeitas as faculdades que não cumprissem essas exigências”, detalha o jornalista .

Para Elio Gaspari, “quando o PFL/DEM decidiu detonar a medida provisória 213, sabia o que estava fazendo. Sua petição, de 23 páginas, está até bem argumentada. O que não vale é tentar esconder o gesto às vésperas de eleição”.

O respeitado repórter conclui que o “ProUni não criou as bolsas, ele apenas introduziu critérios de desempenho e de alcance social para a obtenção do incentivo. Desde 2004 o programa já formou 110 mil jovens, e há hoje outros 429 mil cursando universidades. Algum dia será possível comparar o efeito social e qualificador do ProUni na formação da nova classe média brasileira. Nessa ocasião, como hoje, o DEM ficará no lugar que escolheu”.

Acesse o link: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2908201023.htm

Assessoria de Comunicação da Coligação Vitória do Povo

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Petrobras inicia pré-operação na PetroquímicaSuape e inaugura Gasoduto Pilar-Ipojuca

Presidente Lula prestigia cerimônias e visita obras da Refinaria Abreu e Lima nesta sexta-feira (27/8). O Canal Panorama da Web TV vai transmitir a inauguração a partir das 14h

Com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, de diretores da companhia e outras autoridades, a Petrobras inicia nesta sexta-feira (27/8), a partir das 14h, a pré-operação da Unidade de Fios de Poliéster da PetroquímicaSuape e inaugura o Gasoduto Pilar-Ipojuca. Na ocasião, o presidente Lula também visita as obras da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE).
Acompanhe as cerimônias a partir das 14h, pelo Canal Panorama da Web TV.
A unidade de polímeros e fios de poliéster da Companhia Petroquímica de Pernambuco (PetroquímicaSuape) produzirá 240 mil toneladas por ano de filamentos e polímeros têxteis. O primeiro processo a entrar em funcionamento será o de texturização, em que serão produzidos fios para malharias e tecelagens. Outras duas plantas industriais compõem o complexo petroquímico: uma para a produção de ácido tereftálico (PTA) e outra de resina PET.

A PetroquímicaSuape foi constituída para estruturar uma cadeia nacional de poliéster, capaz de estimular o desenvolvimento dos diversos segmentos que utilizam essa matéria-prima, como o de embalagens e, especialmente, o têxtil, que é o segundo maior gerador de empregos no País e o que mais emprega mulheres.

Para assegurar competitividade em padrões internacionais, a PetroquímicaSuape foi estruturada considerando-se três fatores importantes: tecnologia de vanguarda, capacidades de produção equivalentes às maiores empresas mundiais nesses segmentos e integração das unidades produtivas e atividades de apoio.

A planta de PTA, que é a principal matéria-prima do poliéster, tem capacidade para 700 mil toneladas/ano e a de resina PET produzirá 450 mil toneladas/ano. Do total de PTA produzido, 85% serão consumidos internamente nas unidades de fios de poliéster e resina PET e o excedente será destinado ao mercado interno.

Hoje, mais de 7 mil pessoas estão trabalhando no empreendimento e, no pico das obras, previsto para novembro, serão gerados mais de 8 mil empregos.

Construção de escola têxtil


Para promover a capacitação de pessoal para o setor têxtil, será construída a Escola Técnica Senai–Ipojuca – Centro de Formação Profissional Horacio Lugon, construída em parceria formada pela PetroquímicaSuape, município de Ipojuca e Senai/PE, que assinam, nesta sexta-feira (27/8), convênio para construção da instituição de ensino.

A escola têxtil será a primeira do País especializada na formação de pessoal para o segmento de fibras sintéticas, como o poliéster, e capacitará pessoal para todos os elos da cadeia têxtil: indústrias de fios, malharias, tecelagens, confecções e moda. A escola será localizada em uma área de 10 km², na interseção das Rodovias PE-060 e PE-042, em Ipojuca.

Na parceria, a PetroquímicaSuape repassará os recursos para a construção do imóvel e aquisição de equipamentos; o município de Ipojuca cederá o terreno, executará o projeto arquitetônico e participará de atividades administrativas e operacionais, junto com o Senai, que assumirá a operação e gestão pedagógica da escola, que estará em funcionamento no primeiro semestre de 2012. A escola é financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A iniciativa faz parte das práticas de responsabilidade social da PetroquímicaSuape, que elegeu a educação e a geração de trabalho e renda como principais eixos de suas ações, e atende a uma demanda do município, que está contribuindo para a viabilização do empreendimento industrial, por meio de parcerias e incentivos fiscais. Além disso, a escola conta com a experiência de ensino do Senai/PE, referência na área de educação profissional.

Gasoduto Pilar-Ipojuca dobra capacidade de entrega de gás natural

O Gasoduto Pilar-Ipojuca se estende de Pilar (AL) a Ipojuca (PE), ampliando a capacidade de entrega de gás natural a partir de Pilar para os estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, dos atuais 3,5 milhões para 7,5 milhões de m³/dia. Essa expansão ocorre 11 anos após o início da operação do último gasoduto construído na região para atendimento a esses estados – o GASALP (Gasoduto Pilar-Cabo). Este incremento no transporte de gás natural se dará em função da entrada em operação do Gasoduto Pilar-Ipojuca, já concluído e com licença concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e da ampliação do Serviço de Compressão (Scomp) instalado em Pilar.

Com 189 km de extensão e 24 polegadas de diâmetro, o gasoduto abastecerá o mercado nordestino com gás proveniente da região Sudeste (bacias de Campos e Espírito Santo, além da Bolívia e do GNL importado através do Terminal de Regaseificação da Baía de Guanabara), transportado pelo Gasene (Gasoduto da Integração Sudeste-Nordeste), e da região Nordeste (bacias dos estados de Alagoas, Sergipe e Bahia).

A capacidade de transporte propiciada pelo Gasoduto Pilar-Ipojuca permitirá levar gás natural para importantes empreendimentos, entre eles a Refinaria Abreu e Lima e a PetroquímicaSuape.

O Gasoduto Pilar-Ipojuca aumentará a segurança energética, dando mais sustentabilidade ao desenvolvimento econômico na região Nordeste. Com sua capacidade de transporte e flexibilidade, será possível aumentar significativamente a oferta de gás natural para as companhias estaduais de distribuição de gás natural Copergás (PE), PBGás (PB) e Potigás (RN).

O aumento da capacidade de transporte de gás natural na região beneficiará também as usinas termelétricas Termopernambuco (532 MW), em Pernambuco, com consumo máximo de 2,4 milhões de m³/dia, e Jesus Soares Pereira (368 MW), no Rio Grande do Norte, com consumo máximo de 2,2 milhões m³/dia.

A construção do Gasoduto Pilar-Ipojuca começou em fevereiro de 2009, gerando 8,4 mil empregos diretos e indiretos, com 72% de utilização de mão-de-obra local dos municípios atravessados pelo gasoduto. O índice de nacionalização da obra é de aproximadamente 70%.

O Pilar-Ipojuca acompanha o traçado do GASALP, atravessando 16 municípios, dos quais 11 no estado de Alagoas (Pilar, Rio Largo, Messias, Flexeiras, São Luís do Quitunde, Joaquim Gomes, Passo de Camaragibe, Matriz de Camaragibe, Jundiá, Campestre e Jacuípe) e cinco no estado de Pernambuco (Água Preta, Gameleira, Rio Formoso, Sirinhaém e Ipojuca). Durante a construção e montagem do gasoduto foram realizadas 42 obras de travessias de rios e córregos e 18 cruzamentos de rodovias e ferrovias. A faixa de servidão do gasoduto está sendo recuperada, com recomposição das margens de rios e córregos e do sistema de drenagem.

Esse gasoduto tem 85% de sua faixa em áreas de lavouras de cana-de-açúcar, espaço que poderá ser reocupado por esta cultura, minimizando os impactos causados ao meio ambiente e às comunidades envolvidas.

Refinaria Abreu e Lima
Após 30 anos da implantação de sua última unidade de refino, a Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), a Petrobras iniciou, em Pernambuco, a construção da Refinaria Abreu e Lima. O empreendimento, com previsão de entrada em operação no fim de 2012, situa-se em uma área de 6,3 km², localizada em um dos maiores canteiros de obras do país: o Complexo Industrial Portuário de Suape, polo de atividade econômica com condições geográficas privilegiadas pela proximidade dos principais centros de consumo do Nordeste e pela confluência dos modais dutoviário, rodoviário, ferroviário e marítimo.

Com capacidade para processar 230 mil barris de petróleo/dia, cerca de 11% da capacidade atual de refino de petróleo no Brasil, a unidade vai produzir diesel, gás de cozinha (GLP), nafta petroquímica e coque. O diesel, derivado mais valorizado da cadeia e com expectativa de aumento de consumo no país, representará cerca de 70% do volume de derivados a serem produzidos pela refinaria. A partir de 100% de petróleo pesado, a Abreu e Lima vai produzir diesel com baixo teor de enxofre, com 50 ppm (partes por milhão), podendo chegar ao diesel com 10 ppm de enxofre, atual padrão europeu. Além disso, a produção irá garantir a autossuficiência do país também nesse derivado.

No momento estão alocadas na obra 8,2 mil pessoas para a realização de serviços terraplanagem (99% concluída), construção da área administrativa, implantação da casa de força, subestações elétricas, unidade de ar comprimido, unidades de destilação, unidades de coqueamento retardado, unidades de hidrorrefino, tanques de armazenamento e estação de tratamento de água.

Durante o pico das obras serão gerados aproximadamente 30 mil postos de trabalho diretos. Na fase de operação a previsão é de 1,5 mil empregos diretos.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Dilma abre 20 pontos e já ultrapassa Serra em SP e no RS, diz Datafolha


Dilma Rousseff, manteve sua tendência de alta e foi a 49% das intenções de voto. Abriu 20 pontos de vantagem sobre seu principal adversário, José Serra, do PSDB, que está com 29%, segundo pesquisa Datafolha. Os contratantes do levantamento são a Folha e a Rede Globo.


Realizada nos dias 23 e 24 com 10.948 entrevistas em todo o país, o levantamento também indica que Dilma lidera agora em segmentos antes redutos de Serra. A petista passou o tucano em São Paulo, no Rio Grande do Sul e no Paraná e entre os eleitores com maior faixa de renda.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Produção de petróleo e gás no Brasil e no exterior sobe 3,3% no mês de julho

Volume produzido aumenta em relação ao mesmo mês de 2009. Levando-se em conta exclusivamente os campos nacionais, crescimento foi de 3,4% em comparação com mesmo período

A produção média diária de petróleo e gás natural da Petrobras, no Brasil e no exterior, em julho foi de 2.580.932 barris de óleo equivalente (boed). Esse resultado ficou 3,3% acima do volume registrado no mesmo mês de 2009, quando foram produzidos 2.498.116 boed, e foi 0,7% maior do que os 2.563.193 boed produzidos em junho de 2010.

Considerando apenas os campos no Brasil, a produção média diária de petróleo e gás alcançou 2.335.861 barris de óleo equivalente, com um aumento de 3,6% em relação aos 2.254.409 boed extraídos no mesmo mês de 2009, e de 0,9% quando comparado ao volume produzido em junho de 2010. A produção exclusiva de petróleo dos campos nacionais chegou a 2.005.010 barris/dia e foi 3,4 % superior aos 1.937.587 barris/dia produzidos em julho de 2009.

Na comparação com o mês anterior (junho de 2010), o aumento da produção de petróleo em julho foi de 1,4%. Esse aumento, de 27.217 barris na produção média diária, foi consequência do início da operação da plataforma FPSO Cidade de Santos, nos campos de Uruguá e Tambaú (Bacia de Santos) e da entrada de novos poços no FPSO Capixaba, no Parque das Baleias, no mar do Espírito Santo (Bacia de Campos). Também contribuiu para o aumento o retorno à produção da plataforma P-43, no Campo de Barracuda (Bacia de Campos), que no mês de junho se encontrava em manutenção programada.

A produção de gás natural dos campos nacionais atingiu 52,601 milhões de metros cúbicos diários em julho, mantendo-se nos mesmos níveis em relação ao mês anterior e ao mesmo mês de 2009.

O volume médio de petróleo e gás natural extraídos dos campos situados nos países onde a Petrobras atua no exterior chegou a 245.071 barris de óleo equivalente por dia em julho, representando um aumento de 0,6% em relação a julho de 2009. Contribuiu para o resultado a entrada em produção de novos poços nos campos de Akpo e de Agbami, ambos na Nigéria. Quando comparado com junho de 2010, o volume apresentou uma redução de 1,2%, devido a questões operacionais em Akpo.

A produção de gás natural no exterior foi de 16,047 milhões de metros cúbicos, registrando um acréscimo de 1,1% em relação a junho de 2010, em função de maior produção na Argentina. Já em comparação com o mesmo mês do ano passado, houve uma redução de 6,7%, em decorrência de menor produção na Argentina, Estados Unidos e Venezuela.

O quadro mostra a produção por estado do Brasil e por região do exterior em julho de 2010.

sábado, 21 de agosto de 2010

Datafolha: Dilma 47% x Serra 30%

Redação Carta Capital
21 de agosto de 2010 às 10:42h


Pesquisa divulgada na madrugada de sábado mostra candidata petista 17 pontos à frente de tucano. Com 54% dos votos válidos, Dilma ganharia no primeiro turno

A primeira pesquisa divulgada pelo Datafolha, depois do início do propaganda eleitoral obrigatória na televisão e no rádio, mostra a candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, com 47% das intenções de voto contra 30% do candidato do PSDB José Serra. Marina Silva, do PV, aparece com 9% dos votos. Os demais candidatos não pontuaram.

Dos participantes 4% disseram que votariam em branco ou anulariam o voto. Outros 8% disseram não saber em quem votariam. Desconsiderando esses votos, a pesquisa mostra Dilma com 54% das intenções de votos válidos, o que levaria a candidata do PT a ganhar as eleições no primeiro turno, em 3 de outubro.

O levantamento foi realizado ontem 20, com 2.727 eleitores em todo o País. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Na pesquisa anterior, feita entre 9 e 12 de agosto, antes da propaganda eleitoral ir ao ar, Dilma aparecia com 41% contra 33% dos votos para Serra.

Numa simulação de segundo turno entre Dilma e Serra, o estudo aponta a petista com 53% das intenções de voto ante 39% para o tucano. Na pesquisa anterior do Datafolha, eram 49% dos votos para Dilma contra 41% para Serra.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A Fala da Elite no Senado Federal

Que vergonha para Currais Novos, uma pessoa como “ximbica” no senado, infelizmente ele disse em rede nacional que era da princesa do seridó, “pobre de nós”.



Em sua fala, “ximbica” afirmou que os programas sociais do governo LULA, são esmolas, como na época dele e de Agripino, em que a “esmola”era um carro-pipa, um pão, coisa que eles, os coronéis da ditadura faziam. José Bezerra Júnior mostra literalmente o que ele, Rosalba, Agripino e a elite potiguar pensam, o povo deve está atento ao projeto desse pessoal que é enriquecer e ajudar o os de ”sobrenome” no estado, prejudicando os mais pobres, que devem ser os mais beneficiados no nosso país.

Só para informar, o DEM de Rosalba, Agripino, Ximbica, Geraldo Gomes, é contra o PROUNI e o BOLSA FAMÍLIA, vamos vê se eles tem coragem suficiente para afirmarem isso em praça pública, no RN.

Senadores do RN são os menos produtivos do Brasil

De acordo com a ONG Transparência Brasil, a mais importante instituição brasileira de fiscalização dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, os senadores do Rio Grande do Norte, Garibaldi Alves Filho (PMDB), José Agripino Maia (DEM) e Rosalba Ciarlini (DEM), formam a bancada menos produtiva no senado federal. Os três juntos são responsáveis por apenas 17 iniciativas, mas, nenhuma delas aprovada.


Dos vinte e sete estados brasileiros mais o Distrito Federal, foi a única bancada no senado federal que não aprovou nada. Das 17 matérias apresentadas pelos senadores potiguares, o que representa 5,7 matérias por cada um, a taxa de aprovação foi 0,0%.

Os números deixam evidente o descaso e o descompromisso dos senadores do Rio Grande do Norte, quando se sabe que os três tiveram tempo para mostrar serviço e não fizeram. O que a sociedade espera dos parlamentares é uma atuação mais incisiva na aprovação de políticas e medidas que gerem a inclusão social através da geração de riquezas e renda com redistribuição justa. Diante do baixo desempenho do Rio Grande do Norte na melhoria de condições de vida de sua população, os três senadores potiguares têm feito muito pouco pelo estado. O desempenho de Garibaldi, Agripino e Rosalba é pífio. O estado tem três senadores apáticos e sem propostas para o país. Lamentável para o RN!

Todo o estudo da ONG Transparência Brasil você pode conhecer no link http://www.excelencias.org.br/docs/prod_leg_congresso.pdf do site http://www.transparencia.org.br/index.html que abriga o “Projeto Excelências”.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Meu deputado estadual é Zé Lins - 22000

Como bom seridoense e regionalista, nestas eleições tomei posição firme ao lado dos representantes candidatos a uma vaga na câmara legislativa do nosso estado querido, Rio Grande do Norte. Conforme caminho entre amigos e companheiros eu levo o nome do Ex-prefeito de Currais Novos como opção a deputado estadual - Zé Lins (22.000)!

Aqueles que estão indecisos podem ouvir e ler um pouco sobre o mesmo aqui e os que tem escolha já realizada resta-nos o entendimento democrático.

Dica cultural - Ardil 22

A história, que se passa em 1944, é sobre um pequeno grupo de pilotos de avião que vive no Mediterrâneo. Existem vencedores e perdedores, oportunistas e sobreviventes. Juntos ou separados, eles são nervosos, assustados, quase sempre profanos e, de vez em quando, patéticos. Com a finalidade de ser enviado para casa, Yossarian (Alan Arkin), um guerrilheiro da Segunda Guerra Mundial, faz de tudo para que a Força Aérea o considere insano. Durante os acontecimentos ele assiste lentamente cada um de seus companheiros morrerem. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Galeria de Fotos e Comentários de Mike Nichols e Steven Soderbergh.

Dica Cultural para o Fim de Semana

Para aqueles que são apreciadores de boas histórias lá vai a dica assistir ao documentário:


Semeador de Livros

Narrado em 1ª pessoa, o documentário patrocinado pela Petrobras mostra os caminhos percorridos pelo editor José Xavier Cortez, que ainda muito jovem deixa a então pequena cidade de Currais Novos, no Rio Grande do Norte, em direção ao Sul, embalado pelo sonho de vencer na vida. Em sua trajetória, está a criaçãoCor do texto da Editora Cortez. O filme foi escolhido como melhor vídeo exibido no mês de julho na TV Cultura.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Viva a Liberdade dos Mercados e a Não Interferência dos Estados



Ao que parece o bilionário russo Roma Abramovich, dono do time de futebol inglês Chelsea, não foi afetado pela crise econômica. De acordo com o site de fofocas TMZ, Abramovich gastou 47 mil dólares para fazer uma refeição no famoso restaurante novaiorquino, Nello's. Só a gorjeta foram 7.328 dólares.



Ainda dizem que o mundo é justo e que existe justiça! Dizem que o capitalismo é um sistema de iguais oportunidades, e que qualquer um pode crescer se se esforçar. Acreditam que não existe influencia dos ricos no continuísmo da grande poça de lama que é a desigualdade social. Ainda vem falar para os pobres que se acomodem pois as coisas são assim mesmo, mas que Deus ajuda a quem cedo madruga, que o governo está melhorando, que as coisas estão fluindo para uma pacificação entre as classes.

Quanto ainda os trabalhadores do mundo suportarão?!

A nova reforma Protestante

Inspirado no cristianismo primitivo e conectado à internet, um grupo crescente de religiosos critica a corrupção neopentecostal e tenta recriar o protestantismo à brasileira

EM CONSTRUÇÃO - Ilustração de um monumento em forma de cruz
Confira a seguir um trecho dessa reportagem que pode ser lida na íntegra na edição da revista Época de 9/agosto/2010.
Assinantes têm acesso à íntegra no Saiba mais no final da página.
Irani Rosique não é apóstolo, bispo, presbítero nem pastor. É apenas um cirurgião geral de 49 anos em Ariquemes, cidade de 80 mil habitantes do interior de Rondônia. No alpendre da casa de uma amiga professora, ele se prepara para falar. Cercado por conhecidos, vizinhos e parentes da anfitriã, por 15 minutos Rosique conversa sobre o salmo primeiro (“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios”). Depois, o grupo de umas 15 pessoas ora pela última vez – como já havia orado e cantado por cerca de meia hora antes – e então parte para o tradicional chá com bolachas, regado a conversa animada e íntima.Desde que se converteu ao cristianismo evangélico, durante uma aula de inglês em Goiânia em 1969, Rosique pratica sua fé assim, em pequenos grupos de oração, comunhão e estudo da Bíblia. Com o passar do tempo, esses grupos cresceram e se multiplicaram. Hoje, são 262 espalhados por Ariquemes, reunindo cerca de 2.500 pessoas, organizadas por 11 “supervisores”, Rosique entre eles. São professores, médicos, enfermeiros, pecuaristas, nutricionistas, com uma única característica comum: são crentes mais experientes.

SÍMBOLO - O cirurgião Irani Rosique (sentado, de camisa branca, com a
Bíblia aberta no colo). Sem cargo de clérigo, ele mobiliza 2.500 pessoas no interior de Rondônia
Apesar de jamais ter participado de uma igreja nos moldes tradicionais, Rosique é hoje uma referência entre líderes religiosos de todo o Brasil, mesmo os mais tradicionais. Recebe convites para falar sobre sua visão descomplicada de comunidade cristã, vindos de igrejas que há 20 anos não lhe responderiam um telefonema. Ele pode ser visto como um “símbolo” do período de transição que a igreja evangélica brasileira atravessa. Um tempo em que ritos, doutrinas, tradições, dogmas, jargões e hierarquias estão sob profundo processo de revisão, apontando para uma relação com o Divino muito diferente daquela divulgada nos horários pagos da TV.Estima-se que haja cerca de 46 milhões de evangélicos no Brasil. Seu crescimento foi seis vezes maior do que a população total desde 1960, quando havia menos de 3 milhões de fiéis espalhados principalmente entre as igrejas conhecidas como históricas (batistas, luteranos, presbiterianos e metodistas). Na década de 1960, a hegemonia passou para as mãos dos pentecostais, que davam ênfase em curas e milagres nos cultos de igrejas como Assembleia de Deus, Congregação Cristã no Brasil e O Brasil Para Cristo. A grande explosão numérica evangélica deu-se na década de 1980, com o surgimento das denominações neopentecostais, como a Igreja Universal do Reino de Deus e a Renascer. Elas tiraram do pentecostalismo a rigidez de costumes e a ele adicionaram a “teologia da prosperidade” (leia o quadro na última pág.). Há quem aposte que até 2020 metade dos brasileiros professará à fé evangélica.
Dentro do próprio meio, levantam-se vozes críticas a esse crescimento. Segundo elas, esse modelo de igreja, que prospera em meio a acusações de evasão de divisas, tráfico de armas e formação de quadrilha, tem sido mais influenciado pela sociedade de consumo que pelos ensinamentos da Bíblia. “O movimento evangélico está visceralmente em colapso”, afirma o pastor Ricardo Gondim, da igreja Betesda, autor de livros como Eu creio, mas tenho dúvidas: a graça de Deus e nossas frágeis certezas (Editora Ultimato). “Estamos vivendo um momento de mudança de paradigmas. Ainda não temos as respostas, mas as inquietações estão postas, talvez para ser respondidas somente no futuro.”Nos Estados Unidos, a reinvenção da igreja evangélica está em curso há tempos. A igreja Willow Creek de Chicago trabalhava sob o mote de ser “uma igreja para quem não gosta de igreja” desde o início dos anos 1970. Em São Paulo, 20 anos depois, o pastor Ed René Kivitz adotou o lema para sua Igreja Batista, no bairro da Água Branca – e a ele adicionou o complemento “e uma igreja para pessoas de quem a igreja não costuma gostar”. Kivitz é atualmente um dos mais discutidos pensadores do movimento protestante no Brasil e um dos principais críticos da“religiosidade institucionalizada”. Durante seu pronunciamento num evento para líderes religiosos no final de 2009, Kivitz afirmou: “Esta igreja que está na mídia está morrendo pela boca, então que morra. Meu compromisso é com a multidão agonizante, e não com esta igreja evangélica brasileira.”Essa espécie de “nova reforma protestante” não é um movimento coordenado ou orquestrado por alguma liderança central. Ela é resultado de manifestações espontâneas, que mantêm a diversidade entre as várias diferenças teológicas, culturais e denominacionais de seus ideólogos. Mas alguns pontos são comuns. O maior deles é a busca pelo papel reservado à religião cristã no mundo atual. Um desafio não muito diferente do que se impõe a bancos, escolas, sistemas políticos e todas as instituições que vieram da modernidade com a credibilidade arranhada. “As instituições estão todas sub judice”, diz o teólogo Ricardo Quadros Gouveia, professor da Universidade Mackenzie de São Paulo e pastor da Igreja Presbiteriana do Bairro do Limão. “Ninguém tem dúvida de que espiritualidade é uma coisa boa ou que educação é uma coisa boa, mas as instituições que as representam estão sob suspeita.”Uma das saídas propostas por esses pensadores é despir tanto quanto possível os ensinamentos cristãos de todo aparato institucional. Segundo eles, a igreja protestante (ao menos sua face mais espalhafatosa e conhecida) chegou ao novo milênio tão encharcada de dogmas, tradicionalismos, corrupção e misticismo quanto a Igreja Católica que Martinho Lutero tentou reformar no século XVI. “Acabamos nos perdendo no linguajar ‘evangeliquês’, no moralismo, no formalismo, e deixamos de oferecer respostas para nossa sociedade”, afirma o pastor Miguel Uchôa, da Paróquia Anglicana Espírito Santo, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. “É difícil para qualquer pessoa esclarecida conviver com tanto formalismo e tão pouco conteúdo.” “É lisonjeador saber que nos consideram ‘pensadores’. Mas o grande problema dos evangélicosbrasileiros não é de inteligência. É de ética e honestidade” RICARDO AGRESTE, pastor da Comunidade Presbiteriana Chácara Primavera, em Campinas, São Paulo Uchôa lidera a maior comunidade anglicana da América Latina. Seu trabalho é reconhecido por toda a cúpula da denominação como um dos mais dinâmicos do país. Ele é um dos grandes entusiastas do movimento inglês Fresh Expressions, cujo mote é “uma igreja mutante para um mundo mutante”. Seu trabalho é orientar grupos cristãos que se reúnem em cafés, museus, praias ou pistas de skate. De maneira genérica, esses grupos são chamados de “igreja emergente” desde o final da década de 1990. “O importante não é a forma”, afirma Uchôa. “É buscar a essência da espiritualidade cristã, que acabou diluída ao longo dos anos, porque as formas e hierarquias passaram a ser usadas para manipular pessoas. É contra isso que estamos nos levantando.”No meio dessa busca pela essência da fé cristã, muitas das práticas e discursos que eram característica dos evangélicos começaram a ser considerados dispensáveis. Às vezes, até condenáveis. Em Campinas, no interior de São Paulo, ocorre uma das experiências mais interessantes de recriação de estruturas entre as denominações históricas. A Comunidade Presbiteriana Chácara Primavera não tem um templo. Seus frequentadores se reúnem em dois salões anexos a grandes condomínios da cidade e em casas ao longo da semana. Aboliram a entrega de dízimos e as ofertas da liturgia. Os interessados em contribuir devem procurar a secretaria e fazê-lo por depósito bancário – e esperar em casa um relatório de gastos. Os sermões são chamados, apropriadamente, de “palestras” e são ministrados com recursos multimídias por um palestrante sentado em um banquinho atrás de um MacBook. A meditação bíblica dominical é comumente ilustrada por uma crônica de Luis Fernando Verissimo ou uma música de Chico Buarque de Hollanda. “O que importa é buscar a essência do cristianismo, que acabou diluída porque as formas e hierarquias passaram a ser usadas para manipular pessoas” MIGUEL UCHÔA, pastor anglicano (à esquerda na foto, ao lado do bispo Robinson Cavalcanti, da Diocese do Recife) “Os seminários teológicos formam ministros para um Brasil rural em que os trabalhos são de carteira assinada, as famílias são papai, mamãe, filhinhos e os pastores são pessoas respeitadas”, diz Ricardo Agreste, pastor da Comunidade e autor dos livros Igreja? Tô fora e A jornada (ambos lançados pela Editora Socep). “O risco disso é passar a vida oferecendo respostas a perguntas que ninguém mais nos faz. Há muita gente séria, claro, dizendo verdades bíblicas, mas presas a um formato ultrapassado.”Outro ponto em comum entre esses questionadores é o rompimento declarado com a face mais visível dos protestantes brasileiros: os neopentecostais. “É lisonjeador saber que atraímos gente com formação universitária e que nos consideram ‘pensadores’”, afirma Ricardo Agreste. “O grande problema dos evangélicos brasileiros não é de inteligência, é de ética e honestidade.” Segundo ele, a velha discussão doutrinária foi substituída por outra. “Não é mais uma questão de pensar de formas diferentes a espiritualidade cristã”, diz. “Trata-se de entender que há gente usando vocabulário e elementos de prática cristã para ganhar dinheiro e manipular pessoas.”Esse rompimento da cordialidade entre os evangélicos históricos e os neopentecostais veio a público na forma de livros e artigos. A jornalista (evangélica) Marília Camargo César publicou no final de 2008 o livro Feridos em nome de Deus (Editora Mundo Cristão), sobre fiéis decepcionados com a religião por causa de abusos de pastores. O teólogo Augustus Nicodemus Lopes, chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, publicou O que estão fazendo com a Igreja: ascensão e queda do movimento evangélico brasileiro (Mundo Cristão), retrato desolador de uma geração cindida entre o liberalismo teológico, os truques de marketing, o culto à personalidade e o esquerdismo político. Em um recente artigo, o presidente do Centro Apologético Cristão de Pesquisas, João Flavio Martinez, definiu como “macumba para evangélico” as práticas místicas da Igreja Universal do Reino de Deus, como banho de descarrego e sabonete com extrato de arruda.Tais críticas, até pouco tempo atrás, ficavam restritas aos bastidores teológicos e às discussões internas nas igrejas. Livros mais antigos – como Supercrentes, Evangélicos em crise, Como ser cristão sem ser religioso e O evangelho maltrapilho (todos da editora Mundo Cristão) – eram experiências isoladas, às vezes recebidos pelos fiéis como desagregadores. “Parece que a sociedade se fartou de tanto escândalo e passou a dar ouvidos a quem já levantava essas questões há tempos”, diz Mark Carpenter, diretor-geral da Mundo Cristão. “As pessoas não querem mais dogmas, elas querem autenticidade. Minha postura é, juntos, buscarmos algumas respostas satisfatórias a nossas inquietações” ED RENÉ KIVITZ, pastor da Igreja Batista da Água Branca, em São PauloO pastor Kivitz – que publicou pela Mundo Cristão seus livros Outra espiritualidade e O livro mais mal-humorado da Bíblia – distingue essa crítica interna daquela feita pela mídia tradicional aos neopentecostais “A mídia trata os evangélicos como um fenômeno social e cultural. Para fazer uma crítica assim, basta ter um pouco de bom-senso. Essa crítica o (programa) CQC já faz, porque essa igreja é mesmo um escracho”, diz ele. “Eu faço uma crítica diferente, visceral, passional, porque eu sou evangélico. E não sou isso que está na televisão, nas páginas policiais dos jornais. A gente fica sem dormir, a gente sofre e chora esse fenômeno religioso que pretende ser rotulado de cristianismo.”A necessidade de se distinguir dos neopentecostais também levou essas igrejas a reconsiderar uma série de práticas e até seu vocabulário. Pastores e “leigos” passam a ocupar o mesmo nível hierárquico, e não há espaço para “ungidos” em especial. Grandes e imponentes catedrais e “cultos shows” dão lugar a reuniões informais, em pequenos grupos, nas casas, onde os líderes podem ser questionados, e as relações são mais próximas. O vocabulário herdado da teologia triunfalista do Antigo Testamento (vitória, vingança, peleja, guerra, maldição) é reconsiderado. Para superar o desgaste dos termos, algumas igrejas preferem ser chamadas de “comunidades”, os cultos são anunciados como “reuniões” ou “celebrações” e até a palavra “evangélico” tem sido preterida em favor de “cristão” – o termo mais radical. Nem todo mundo concorda, evidentemente. “Eles (os neopentecostais) é que não deveriam ser chamados de evangélicos”, afirma o bispo anglicano Robinson Cavalcanti, da Diocese do Recife. “Eles é que não têm laços históricos, teológicos ou éticos com os evangélicos.”Um dos maiores estudiosos do fenômeno evangélico no Brasil, o sociólogo Ricardo Mariano (PUC-RS), vê como natural o embate entre neopentecostais e as lideranças de igrejas históricas. Ele lembra que, desde o final da década de 1980, quando o neopentecostalismo ganhou força no Brasil, os líderes das igrejas históricas se levantaram para desqualificar o movimento. “O problema é que não há nenhum órgão que regule ou fale em nome de todos os evangélicos, então ninguém tem autoridade para dizer o que é uma legítima igreja evangélica”, afirma.Procurado por ÉPOCA, Geraldo Tenuta, o Bispo Gê, presidente nacional da Igreja Renascer em Cristo, preferiu não entrar em discussões. “Jesus nos ensinou a não irmos contra aqueles que pregam o evangelho, a despeito de suas atitudes”, diz ele. “Desde o início, éramos acusados disto ou daquilo, primeiro porque admitíamos rock no altar, depois porque não tínhamos usos e costumes. Isso não nos preocupa. O que não é de Deus vai desaparecer, e não será por obra dos julgamentos.” A Igreja Universal do Reino de Deus – que, na terceira semana de julho, anunciou a construção de uma “réplica do Templo de Salomão” em São Paulo, com “pedras trazidas de Israel” e “maior do que a Catedral da Sé” – também foi procurada por ÉPOCA para comentar os movimentos emergentes e as críticas dirigidas à igreja. Por meio de sua assessoria, o bispo Edir Macedo enviou um e-mail com as palavras: “Sem resposta”.O sociólogo Ricardo Mariano, autor do livro Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no Brasil (Editora Loyola), oferece uma explicação pragmática para a ruptura proposta pelo novo discurso evangélico. Ateu, ele afirma que o objetivo é a busca por uma certa elite intelectual, um público mais bem informado, universitário, mais culto que os telespectadores que enchem as igrejas populares. “Vivemos uma época em que o paciente pesquisa na internet antes de ir ao consultório e é capaz de discutir com o médico, questionar o professor”, diz. “Num ambiente assim, não tem como o pastor proibir nada. Ele joga para a consciência do fiel.”A maior parte da movimentação crítica no meio evangélico acontece nas grandes cidades. O próprio pastor Kivitz afirma que “talvez não agisse da mesma forma se estivesse servindo alguma comunidade em um rincão do interior” e que o diálogo livre entre púlpito e auditório passa, necessariamente, por uma identificação cultural. “As pessoas não querem dogmas, elas querem honestidade”, diz ele. “As dúvidas delas são as minhas dúvidas. Minha postura é, juntos, buscarmos respostas satisfatórias a nossas inquietações.” Por isso mesmo, Ricardo Mariano não vê comparação entre o apelo das novas igrejas protestantes e das neopentecostais. “O destino desses líderes será ‘pescar no aquário’, atraindo insatisfeitos vindos de outras igrejas, ou continuar falando para meia dúzia de pessoas”, diz ele. De acordo com o presbiteriano Ricardo Gouveia, “não há, ou não deveria haver, preocupação mercadológica” entre as igrejas históricas. “Não se trata de um produto a oferecer, que precise ocupar espaço no mercado”, diz ele. “Nossa preocupação é simplesmente anunciar o evangelho, e não tentar ‘melhorá-lo’ ou torná-lo mais interessante ou vendável.”O advento da internet foi fundamental para pastores, seminaristas, músicos, líderes religiosos e leigos decidirem criar seus próprios sites, portais, comunidades e blogs. Um vídeo transmitido pela Igreja Universal em Portugal divulgando o Contrato da fé – um “documento”, “autenticado” pelos pastores, prometendo ao fiel a possibilidade de se “associar com Deus e ter de Deus os benefícios” – propagou-se pela rede, angariando toda sorte de comentários. Outro vídeo, em que o pregador americano Moris Cerullo, no programa do pastor Silas Malafaia, prometia uma “unção financeira dos últimos dias” em troca de quem “semear” um “compromisso” de R$ 900 também bombou na rede. Uma cópia da sentença do juiz federal Fausto De Sanctis (lembre AQUI) condenando os líderes da Renascer Estevam e Sônia Hernandes por evasão de divisas circulou no final de 2009. De Sanctis afirmava que o casal “não se lastreia na preservação de valores de ética ou correção, apesar de professarem o evangelho”. “Vergonha alheia em doses quase insuportáveis” foi o comentário mais ameno entre os internautas.Sites como Pavablog, Veshame Gospel, Irmãos.com, Púlpito Cristão, Caiofabio.net ou Cristianismo Criativo fazem circular vídeos, palestras e sermões e debatem doutrinas e notícias com alto nível de ousadia e autocrítica. De um grupo de blogueiros paulistanos, surgiu a ideia da Marcha pela ética, um protesto que ocorre há dois anos dentro da Marcha para Jesus (evento organizado pela Renascer). Vestidos de preto, jovens carregam faixas com textos bíblicos e frases como “O $how tem que parar” e “Jesus não está aqui, ele está nas favelas”.A maior parte desses blogueiros trafega entre assuntos tão diversos como teologia, política, televisão, cinema e música popular. O trânsito entre o “secular” e o “sagrado” é uma das características mais fortes desses novos evangélicos. “A espiritualidade cristã sempre teve a missão de resgatar a pessoa e fazê-la interagir e transformar a sociedade”, diz Ricardo Agreste. “Rompemos o ostracismo da igreja histórica tradicional, entramos em diálogo com a cultura e com os ícones e pensamento dessa cultura e estamos refletindo sobre tudo isso.”Em São Paulo, o capelão Valter Ravara criou o Instituto Gênesis 1.28, uma organização que ministra cursos de conscientização ambiental em igrejas, escolas e centros comunitários. “É a proposta de Jesus, materializar o amor ao próximo no dia a dia”, afirma Ravara. “O homem sem Deus joga papel no chão? O cristão não deve jogar.” Ravara publicou em 2008 a Bíblia verde, com laminação biodegradável, papel de reflorestamento e encarte com textos sobre sustentabilidade. “O homem sem Deus joga papel no chão? O cristão não deve jogar. É a proposta de Jesus, materializar o amor ao próximo no dia a dia” VALTER RAVARA, “ecocapelão”, criador do Instituto Gênesis 1.28 e da Bíblia verde A então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, escreveu o prefácio da Bíblia verde. Sua candidatura à Presidência da República angariou simpatia de blogueiros e tuiteiros, mas não o apoio formal da Assembleia de Deus, denominação a que ela pertence. A separação entre política e religião pregada por Marina é vista como um marco da nova inserção social evangélica. O vereador paulistano e evangélico Carlos Bezerra Jr. afirma que o dever do político cristão é “expressar o Reino de Deus” dentro da política. “É o oposto do que fazem as bancadas evangélicas no Congresso, que existem para conseguir facilidades para sua denominação e sustentar impérios eclesiásticos”, diz ele.DA WEB ÀS RUAS – Blogueiros que organizam a Marcha pela ética, um movimento de protesto incrustado dentro da Marcha para Jesus, promovida pela Renascer O raciocínio antissectário se espalhou para a música. Nomes como Palavrantiga, Crombie, Tanlan, Eduardo Mano, Helvio Sodré e Lucas Souza se definem apenas como “música feita por cristãos”, não mais como “gospel”. Eles rompem os limites entre os mercados evangélico e pop. O antissectarismo torna os evangélicos mais sensíveis a ações sociais, das parcerias com ONGs até uma comunidade funcionando em plena Cracolândia, no centro de São Paulo. “No fundo, nossa proposta é a mesma dos reformadores”, diz o presbiteriano Ricardo Gouveia. “É perceber o cristianismo como algo feito para viver na vida cotidiana, no nosso trabalho, na nossa cidadania, no nosso comportamento ético, e não dentro das quatro paredes de um templo.”A teologia chama de “cristocêntrico” o movimento empreendido por esses crentes que tentam tirar o cristianismo das mãos da estrutura da igreja – visão conhecida como “eclesiocêntrica” – e devolvê-lo para a imaterialidade das coisas do espírito. É uma versão brasileiramente mais modesta do que a Igreja Católica viveu nos tempos da Reforma Protestante. Desta vez, porém, dirigida para a própria igreja protestante. Depois de tantos desvios, vozes internas levantaram-se para propor uma nova forma de enxergar o mundo. E, como efeito, de ser enxergadas por ele. Nas palavras do pastor Kivitz: “Marx e Freud nos convenceram de que, se alguém tem fé, só pode ser um estúpido infantil que espera que um Papai do Céu possa lhe suprir as carências. Mas hoje gostaríamos de dizer que o cristianismo tem, sim, espaço para contribuir com a construção de uma alternativa para a civilização que está aí. Uma sociedade que todo mundo espera, não apenas aqueles que buscam uma experiência religiosa”.Fonte: Revista Época

Lula assina lei que proíbe castigos corporais para filhos

Em comemoração aos 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou no último dia 14/07/2010 mensagem que encaminha ao Congresso Nacional um projeto de lei para proibir a prática de castigos físicos em crianças e adolescentes.
O projeto acrescenta ao ECA, entre outros, o Artigo 17-A que concede as crianças e adolescentes o direito de serem cuidados e educados pelos pais ou responsáveis sem o uso de castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante. O texto define como tratamento cruel ou degradante qualquer tipo de conduta que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize a criança ou adolescente.
As penalidades previstas são advertência, encaminhamento a programas de proteção à família, além de orientação psicológica. Os pais também podem estar sujeitos a obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado.

O blog trás a discursão ao público: Você é a favor ou contra e porque? Comentem.

Contratações no Brasil pela Petrobras crescem 400% e conteúdo nacional é de 77,3%

Política da Petrobras de participação máxima do mercado nacional na aquisição de bens e serviços no Brasil elevou conteúdo nacional mínimo de 57% (2003) para 77,34% (2010)
Com um crescimento de 400% nas contratações no País, a política da Petrobras de participação máxima do mercado nacional na aquisição de bens e serviços no Brasil elevou o conteúdo nacional mínimo de 57% (2003) para 77,34% (2010). Dentro dos padrões internacionais de qualidade, prazo e custo, as aquisições no mercado nacional passaram de US$ 5,2 bilhões em 2003, para US$ 25,9 bilhões em 2009. Os percentuais de realização de conteúdo nacional de 2004 a 2010 foram sempre superiores às metas previstas.

A confiança da Petrobras no mercado supridor nacional e a capacidade de resposta desse mercado permitiram que, mesmo com o grande crescimento das encomendas, a parcela nacional das contratações da companhia registrasse um crescimento constante e acima da meta ao longo dos últimos anos, como mostra o gráfico abaixo.





Todas as áreas de atuação

A política de estímulo à indústria nacional - Política Industrial Dirigida por Demanda -, praticada pela Petrobras, abrange todos os setores de atuação da companhia. Essa política tem o objetivo de utilizar seu poder de compra para ampliar a competitividade dos fornecedores nacionais. Esse aumento da competitividade vem sendo conquistado por meio do incentivo para adequação do parque supridor nacional, que vai desde a qualificação de profissionais, estruturação de mecanismos de financiamento, estímulo às parcerias entre empresas nacionais e estrangeiras, até a viabilização de novas fábricas no País.

Os projetos de investimentos da Petrobras são divididos em sistemas e equipamentos, seus fornecedores são identificados e políticas específicas são adotadas para ampliar a participação de cada um desses segmentos.

Além disso, a companhia propiciou a criação de mais de 80 redes de universidades e centros de pesquisa para potencializar os investimentos em laboratórios e meios para desenvolvimento de inovações. As redes envolvem centenas de pesquisadores brasileiros que procuram soluções para problemas tecnológicos apresentados na atividade de petróleo e gás.

Estudo em desenvolvimento pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em parceria com a Petrobras, mostra que, quando comparadas às suas similares, as empresas fornecedoras da Petrobras - com mais de 30 empregados, no período de 1998 a 2007 - apresentam melhores resultados como exportadoras e empregam pessoal mais qualificado. O percentual de pesquisadores e engenheiros também é maior nessas empresas, revelando o incremento no desenvolvimento tecnológico.

Bens e serviços

Nesse cenário, a encomenda de navios petroleiros e de barcos de apoio possibilitou a reativação da indústria naval brasileira, que estava paralisada desde a década de 1980. Dois programas de renovação de frota de petroleiros (Promef I e II) estão em curso, para a construção de 26 e 23 navios, com 65% e 70% de conteúdo local, respectivamente.

Segundo a pesquisa do IPEA, em 2000 havia cerca de 2 mil trabalhadores nos estaleiros brasileiros. Em 2006, esse número saltou para 20 mil e, em 2009, foi para aproximadamente 46,5 mil trabalhadores.

A viabilização do primeiro dique seco com capacidade para construção de unidades de produção e perfuração semissubmersíveis, em Rio Grande (RS), é um exemplo das iniciativas nesse segmento, assim como a revitalização do Estaleiro Inhaúma, no Rio de Janeiro. Esses empreendimentos criam a infraestrutura adequada para que, cada vez mais, as obras de construção e conversão de unidades sejam realizadas no mercado nacional.

No segmento de Exploração e Produção (E&P), são exemplos dos equipamentos de grande tecnologia aplicada e com produção no País as linhas flexíveis submarinas, os tubos de revestimento e produção para poços, as árvores de natal molhadas, as cabeças de poço submarinas e os manifolds (conjunto de válvulas que escoa a produção de óleo e gás) submarinos.

A Petrobras está adotando a política de consolidar as demandas para outros itens que não possuem fabricação no Brasil, tais como: turbo-geradores, turbo-compressores, sistemas de injeção e guindastes marítimos. Essa medida vai possibilitar a realização de contratos de longo prazo, viabilizando a instalação de fábricas no Brasil, inclusive com transferência de tecnologia e instalação de engenharia local.

Também nessa linha, as contratações de serviços, conduzidas na forma de EPC (Engineering, Procurement and Construction), obedecem à política de maximização de conteúdo local de bens e serviços. Oito FPSOs (navio-plataforma que atua na produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás) estão sendo produzidos no Brasil com exigências de, no mínimo, 70% de conteúdo local.

No pacote de 28 plataformas de perfuração marítima, com licitação em curso, há exigência de conteúdo local crescente, com um mínimo exigido nas primeiras unidades de 55%, chegando a um mínimo de 65%.

Para o programa de revitalização do parque de refino nacional, está sendo exigido o conteúdo local mínimo de 72% e, na construção das novas refinarias, a exigência varia entre 70% e 80%

Consórcio Rio Maguari apresenta menor preço para 20 comboios do Promef Hidrovia

As seis propostas apresentadas serão agora analisadas antes do anúncio do vencedor da licitação e do valor do contrato. Nova frota começará a ser entregue a partir de 2012
A Transpetro abriu nesta terça-feira (10/8) as seis propostas comerciais para a construção de 20 comboios de empurradores e barcaças, recebidas para o Promef Hidrovia. O menor preço foi apresentado pelo Consórcio Rio Maguari (Estaleiro Rio Maguari S.A / SS Administração / Estre Petróleo), seguido pelos Estaleiros Unidos do Rio Tietê (Consórcio formado pela SPI Astilleros e Superpesa Industrial Ltda) e pelo Consórcio formado pela Intecnial S.A. e NM Engenharia e Construções Ltda.

As propostas serão agora analisadas e, posteriormente, os preços da melhor oferta serão negociados em processo coordenado pela Comissão de Licitação. A negociação, prevista pela legislação vigente, visa obter as melhores condições para a Transpetro. Apenas ao término destes processos, a companhia anunciará o vencedor da licitação e o valor do contrato.

As propostas partiram de 15 empresas, divididas em seis grupos: Consórcio Rio Maguari S.A/SS Administração/Estre Petróleo, Estaleiros Unidos do Rio Tietê (SPI Astilleros/Superpesa Industrial Ltda), Intecnial S.A/NM Engenharia e Construções Ltda, Concordia Shipyards BV/Mendes Junior, Egesa Engenharia S.A/Estaleiro Heromaio/Navegação Guarita, Estaleiro de Construção Naval Arealva Ltda/MPG Shipyard/CMI Construções Metálicas ICEC Ltda.

O projeto da Hidrovia Tietê-Paraná, integrante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), prevê que, a partir de 2013, a Transpetro faça o transporte fluvial de etanol. A operação demandará a construção de 20 empurradores e de 80 barcaças, com geração de pelo menos 400 empregos diretos e 1600 empregos indiretos. Cada comboio será formado de quatro barcaças e de um empurrador, com capacidade para transportar 7,6 milhões de litros. Quando totalmente operacional, o volume anual transportado deverá chegar a 4 bilhões de litros.

A operação dos novos comboios hidroviários integra o Programa de Logística Integrada de Escoamento de Etanol da Petrobras, que inclui, ainda, a construção de novos dutos, centros coletores e terminais.

Mais de trinta estaleiros nacionais e internacionais foram convidados a participar da licitação. A Comissão de Licitação analisou as propostas técnicas, que contemplam itens de performance como velocidade, capacidade de carga e de manobra, além da apreciação dos métodos construtivos e cronogramas propostos. A análise técnica levou 40 dias, e foi seguida pela abertura das propostas comerciais.

A construção da nova frota hidroviária da Transpetro seguirá as premissas fundamentais do Promef (Programa de Modernização e Expansão da Frota): fabricação no Brasil, conteúdo nacional de 70% e competitividade internacional dos estaleiros após a curva de aprendizado. A licitação foi aberta a estaleiros já instalados e também a unidades a serem instaladas para a disputa, os chamados ‘estaleiros virtuais’.

A nova frota de 20 comboios começará a ser entregue a partir de 2012. A hidrovia levará o etanol produzido nas regiões Centro-Oeste e Sudeste para a Refinaria de Paulínia (Replan) e, de lá, por dutos, atingirá diversos terminais, incluindo os de São Sebastião (SP) e de Ilha D’Água (RJ), de onde será possível exportar o produto. A redução de custo de logística permitida pelo modal hidroviário possibilitará ao etanol brasileiro disputar mercados internacionais de forma mais competitiva.

O transporte do etanol pela hidrovia substituirá o equivalente a 40 mil viagens de caminhão por ano, com ganhos ambientais, econômicos e de segurança. O transporte hidroviário emite um quarto do CO2 e consome um quinto do combustível utilizado pelo rodoviário.

Propostas apresentadas, pela ordem de preço:

1 – Consórcio Rio Maguari (Estaleiro Rio Maguari S.A/ SS Administração/Estre Petróleo)

2 - Consórcio Estaleiros Unidos do Rio Tietê (SPI Astilleros/Superpesa Industrial Ltda)

3 - Consórcio Intecnial S.A/NM Engenharia e Construções Ltda

4 - Consórcio Concordia Shipyards BV/Mendes Junior

5 - Consórcio Egesa Engenharia S.A/Estaleiro Heromaio/Navegação Guarita

6 - Consórcio Estaleiro de Construção Naval Arealva Ltda/MPG Shipyard/CMI Construções Metálicas ICEC Ltda

Petrobras nega ocorrência de explosão a bordo da unidade de produção P-33


Falha operacional resultou na avaria de um duto de ar quente em local sem a exposição de pessoas. Avaria não trouxe risco de vazamento de gás natural ou petróleo
Em relação às informações veiculadas sobre as condições de segurança da P-33, a Petrobras nega a ocorrência de explosão a bordo dessa unidade de produção. Informa que no último dia 14 de julho, durante atividades de manutenção de equipamentos, ocorreu uma falha operacional que resultou na avaria de um duto de ar quente, em um local sem a exposição de pessoas. Apesar da avaria, não houve nenhum risco de vazamento de gás natural ou petróleo.
As plataformas da Petrobras são complexos industriais projetados com diversos sistemas redundantes de proteção que limitam os efeitos de eventuais ocorrências indesejáveis em suas rotinas operacionais.
No dia 19 de julho, a Marinha embarcou nessa unidade e realizou uma vistoria.
No dia 3 de agosto, a Superintendência Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (SRT-RJ), junto com dois representantes do Sindipetro NF também embarcaram na P-33 e em decorrência desse embarque foi realizada uma reunião no Rio de Janeiro no dia 5 de agosto. Nessa reunião a Petrobras apresentou um documento, respaldado em laudo emitido por profissionais habilitados e certificados pelo Sistema Próprio de Inspeção de Equipamentos e pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, atestando que o equipamento interditado (filtro de óleo lubrificante) estava de acordo com as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego. Após essa reunião a SRT-RJ determinou a interdição de equipamento da unidade de produção P-33.
No dia 6 de agosto, amparada por laudo técnico a Petrobras obteve da 2ª Vara de Trabalho de Macaé uma liminar suspendendo a interdição de equipamento da P-33, por considerar que não havia motivos para isso, uma vez que todas as medidas de segurança foram tomadas.
A Petrobras esclarece ainda que exerce suas atividades de Exploração e Produção com austera política de Segurança, Meio Ambiente e Saúde. Impõe, também, rigor técnico nos aspectos relacionados aos equipamentos e à capacitação de pessoal.
Além disso, os procedimentos adotados pela empresa atendem integralmente às exigências feitas pelos órgãos reguladores de nossas operações marítimas, como a Marinha do Brasil, ANP, IBAMA, IBP, entidades classificadoras, entre outros. Isso faz parte da cultura da empresa, construída ao longo de sua história. Essa política se aplica a todos os segmentos e áreas onde a Petrobras atua

terça-feira, 10 de agosto de 2010


—Benedito Calheiros Bomfim, advogado e ex-presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros:
"Do desencontro entre a lei e o direito, entre códigos e justiça, nasce o direito Alternativo, que nada mais é do que a aplicação da lei em função do justo, sob a ótica do interesse social e das exigências do bem comum".


“Teu dever é lutar pelo direito. Mas, no dia em que encontráres o direito em conflito com a justiça, luta pela justiça”

Senadores do RN são os menos produtivos do Brasil




Segunda-feira, 02 de agosto de 2010



Senadores do RN são os menos produtivos do Brasil

De acordo com a ONG Transparência Brasil, a mais importante instituição brasileira de fiscalização dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, os senadores do Rio Grande do Norte, Garibaldi Alves Filho (PMDB), José Agripino Maia (DEM) e Rosalba Ciarlini (DEM), formam a bancada menos produtiva no senado federal. Os três juntos são responsáveis por apenas 17 iniciativas, mas, nenhuma delas aprovada.


Dos vinte e sete estados brasileiros mais o Distrito Federal, foi a única bancada no senado federal que não aprovou nada. Das 17 matérias apresentadas pelos senadores potiguares, o que representa 5,7 matérias por cada um, a taxa de aprovação foi 0,0%.


Os números deixam evidente o descaso e o descompromisso dos senadores do Rio Grande do Norte, quando se sabe que os três tiveram tempo para mostrar serviço e não fizeram. O que a sociedade espera dos parlamentares é uma atuação mais incisiva na aprovação de políticas e medidas que gerem a inclusão social através da geração de riquezas e renda com redistribuição justa. Diante do baixo desempenho do Rio Grande do Norte na melhoria de condições de vida de sua população, os três senadores potiguares têm feito muito pouco pelo estado. O desempenho de Garibaldi, Agripino e Rosalba é pífio. O estado tem três senadores apáticos e sem propostas para o país. Lamentável para o RN!

Todo o estudo da ONG Transparência Brasil você pode conhecer no link http://www.excelencias.org.br/docs/prod_leg_congresso.pdf do site http://www.transparencia.org.br/index.html que abriga o “Projeto Excelências”.

ONG Transparência Brasil
Só para lembrar......
Esses mesmos parlamentares estão colocando seus nomes para apreciação do eleitorado norte-riograndense nas eleições de outubro deste ano.Os senadores Garibalde Alves Filho e José Agripino Maia pleiteando a reeleição para mais 8 anos no Senado Federal, enquanto que a senadora Rosalba Ciarline Rosado o maior cargo do poder execultivo estadual!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Vox Populi: Dilma lidera com 40% e Serra tem 35%

A candidata à presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, lidera a corrida presidencial com 40% das intenções de voto, contra 35% do candidato do PSDB, José Serra, segundo pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi. Em terceiro lugar, a candidata do PV, Marina Silva, tem 8%. O levantamento foi divulgado na noite desta terça-feira (29) pelo Jornal da Band .
Segundo o levantamento, os votos brancos e nulos somam 5%. Enquanto 11% dos entrevistados não souberam ou não responderam. Encomendada pela Rede Bandeirantes de Televisão, a pesquisa entrevistou 3.000 pessoas em todo o Brasil entre os dias 24 e 26 de junho e foi registrada sob o número 16944/2010. A margem de erro é de 1,8 pontos percentuais para mais ou para menos.
Na pesquisa espontânea, em que o entrevistador não apresenta opções com nomes de candidatos para o entrevistado, Dilma tem 26% e Serra, 20%.
Em simulação de um segundo turno entre Dilma e Serra, Dilma aparece com 44% e Serra com 40%.
Na última pesquisa Vox Populi, divulgada dia 15 de maio, Dilma tinha 38% das intenções de voto, contra 35% de Serra. A margem de erro era de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Dilma lidera com 39% e Serra tem 34%, segundo pesquisa Ibope

A candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, aparece na liderança da corrida presidencial com 39% das intenções de voto, contra 34% do candidato do PSDB, José Serra, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira (30) pelo Jornal Nacional . A candidata do PV ao Palácio do Planalto, Marina Silva, registra 7%.
Segundo o levantamento, os votos brancos e nulos somam 7%. Enquanto 12% dos entrevistados não souberam ou não responderam. A margem de erro de é dois pontos percentuais.
O Ibope também fez uma simulação de um segundo turno entre Dilma e Serra, a petista aparece com 46% e o tucano com 40%.
Encomendada pela Rede Globo, a pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 30 de julho e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 24 de julho de 2010, sob o número 20809/2010.

CNT/Sensus: Dilma lidera pesquisa com 41,6%; Serra tem 31,6%

Pesquisa do Instituto Sensus encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontou nesta quinta-feira (5) liderança da petista Dilma Rousseff na corrida presidencial. Ela registra 41,6% da preferência do eleitorado, ao passo que o tucano José Serra, seu principal adversário na disputa pelo Palácio do Planalto, tem 31,6%. A ex-ministra Marina Silva (PV), por sua vez, aparece com 8,5% dos votos, conforme o levantamento.
Na pesquisa anterior CNT/Sensus, divulgada no dia 17 de maio, Dilma aparecia com 35,7% e Serra com 33,2%. Apesar da vantagem numérica da ex-ministra, o resultado configurava um empate técnico entre os dois candidatos, já que a margem de erro da pesquisa era de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. De maio para cá, Dilma subiu mais de cinco pontos e Serra oscilou para baixo dentro da margem de erro.
Na simulação espontânea, quando o entrevistado aponta seu candidato a presidente sem ter acesso a uma lista com possíveis candidatos, Dilma Rousseff também ocupa a posição dianteira, com 30,4%. Neste cenário, José Serra tem 20,2% e Marina Silva outros 5,0%. José Maria Eymael (PSDC) tem 3,0%. Votos brancos e nulos são 3,8%. Eleitores indecisos são 27,9%. Apesar de não poder concorrer, o presidente Lula foi citado por 5,0% dos entrevistados.
Em um eventual segundo turno, Dilma Rousseff venceria o tucano José Serra por 48,3% contra 36,6%. Neste contexto, os votos brancos e nulos chegam a 5,7%. Os eleitores indecisos são 9,6%.
Se disputar contra a verde Marina Silva, Dilma também sairia vitoriosa com 55,7% da preferência do eleitorado. A ex-ministra do Meio Ambiente teria 23,3%. Brancos e nulos são 9,4%. Eleitores que não sabem em quem votariam são 11,7%.
Em uma terceira hipótese de José Serra e Marina Silva se enfrentarem em um eventual segundo turno, o tucano teria 50,0% dos votos, ao passo que a senadora teria 27,8%. Os brancos e nulos neste caso são 9,9%. Eleitores indecisos contabilizam 12,4%.
O levantamento CNT/Sensus mediu ainda o nível de rejeição dos três principais presidenciáveis. José Serra lidera este quesito com 30,8%, seguido de Marina Silva, com 29,7%, e de Dilma Rousseff, com 25,3%. A expectativa de vitória para as eleições presidenciais, independentemente de em quem o eleitor vai votar, dá liderança, de acordo com a pesquisa CNT/Sensus, para Dilma Rousseff, com 47,1%. Serra aparece com 30,3%, e Marina Silva tem expectativa de vitória de apenas 2,2%.
Na avaliação do diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, a abertura de dez pontos percentuais de Dilma em relação a Serra representa uma ampliação do conhecimento pessoal da petista e a aquisição de uma "própria identidade" como política, não mais exclusivamente dependente da popularidade de Lula. "Já está adquirindo identidade própria. Foi sendo mais conhecida e hoje não é uma desconhecida (como antes)", disse Guedes.
Encomendada pela Confederação Nacional do Transporte, a pesquisa foi realizada entre os dias 31 de julho e 2 de agosto, com dois mil entrevistados, e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 29 de julho de 2010, sob o número 21411/2010. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Primeiro debate entre presidenciáveis tem Candidato do PSOL como vencedor


Realizado ontem, 05/08/2010, o primeiro debate entre os quatro presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas, na TV Bandeirantes teve como vencedor - na minha opinião - o Sociólogo Plínio Arruda Sampaio do PSOL.
Demonstrando firmeza ao lado das causas sociais e clareza nos objetivos, sem querer mascarar o intuito social para não desagradar aos ricos, o candidato do PSOL demonstrou que os demais presidenciáveis tem propostas próximas e que portanto somente ele poderia ser considerado de esquerda. Saiu como o grande vencedor, mas esperemos os resultados nas pesquisas, que em minha opinião não refletirá, pois a população não está apta a receber e discutir no nível do sociólogo. O que provavelmente só lhe renderá votos nas classe mais ligada as universidades.
Como sabemos que é uma utopia esperar que o representante mais próximo do povo chegue a um provável segundo turno, então nos concentremos numa proposta mais moderada que é a do PT de Dilma (13). Diga-se de passagem, que foi bastante atacada no debate pelo candidato do PSDB/DEM, José Serra, que na ausência do que falar colocou a APAE como filha desamparada do Governo Lula - Ora, vai tomar banho Serra! Falar em APAE quando seu partido massacrou com os trabalhadores por oito anos!?
A candidata Marina Silva, quase que pede voto no ar para a candidata Dilma. Encheu de elogios, e combinou assuntos. Passa logo pro lado dela, assim termina logo no primeiro turno.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

EUA anunciam que têm plano de ataque ao Irã

As tensões entre os Estados Unidos e o Irã voltaram a emergir ontem, depois que o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas americanas, almirante Mike Mullen, afirmou que seu país tem um plano pronto para atacar o Irã. "A opção militar tem estado sobre a mesa e segue sobre a mesa", afirmou Mullen, o militar de maior hierarquia no país, no programa "Meet the Press", da TV NBC. "É uma das opções que o presidente (Barack Obama) tem."Ele ressaltou, no entanto, que uma ação militar seria provavelmente uma má ideia e que está extremamente preocupado com as consequências que uma ofensiva como essa pode ter. "De novo, espero que nós não cheguemos a esse ponto, mas é uma opção importante e que é muito bem entendida (pelo Irã)", declarou o oficial.Os EUA dizem promover política de mão dupla em relação ao país persa - que defende a via diplomática - mas não prescinde das pressões, como no caso da aprovação de novas sanções contra Teerã, há dois meses, no Conselho de Segurança da ONU.Mullen alertou, no entanto, que o eventual ataque ao Irã teria consequências imprevisíveis para a estabilidade de todo o Oriente Médio e poderia ter um efeito em cascata. Questionado sobre se o que o preocupa mais são as consequências de uma guerra ou a possibilidade de um Irã nuclear, o militar se disse "extremamente preocupado com as duas" possibilidades. Mullen não entrou em detalhe sobre o suposto plano.As ameaças dos EUA ocorrem no momento em que o Exército norte-americano se prepara para ativar um escudo antimíssil no sul da Europa como parte dos esforços para impedir o programa nuclear iraniano. Embora o Irã, que é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear, assegure que enriquece urânio apenas para fins pacíficos, os Estados Únicos - mesma potência responsável pelo ataque nuclear a Hiroshima e Nagasaki - afirma que o objetivo da nação é desenvolver armas.ReaçãoAs declarações do chefe das Forças Armadas americanas foram rebatidas ainda ontem por líderes iranianos, que prometeram "resposta esmagadora" a um ataque. O número dois da Guarda Revolucionária, Yadollah Javani, disse que a segurança do golfo Pérsico, de grande importância para o comércio de petróleo, estará ameaçada "no caso de os americanos cometerem o menor deslize"."Segurança no Golfo Pérsico para todos ou para ninguém. O Golfo é uma região estratégica. Se a segurança nessa região ficar comprometida, eles sofrerão também, e nossa resposta será dura. O Irã dará uma resposta esmagadora aos inimigos", disse, de acordo com a agência semioficial iraniana Irna.Os EUA e Israel já declararam no passado que a opção de atacar o Irã deve ser mantida sobre a mesa, mas evitavam dizer se havia um plano pronto para isso. Ontem, o embaixador iraniano na ONU alertou que Teerã atacaria Tel Aviv se Israel se atravesse a agredir o Irã. "Se o regime sionista cometer a menor das agressões contra o solo iraniano, vamos deixar Tel Aviv em chamas", ameaçou Mohammad Khazai.Cara a cara com ObamaO presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse nesta segunda-feira (2) que está disposto a manter um diálogo "cara a cara" com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para tratar de "questões mundiais". Em discurso transmitido pela televisão estatal iraniana, Ahmadinejad deu a entender que gostaria de encontrar Obama em Nova York, nos EUA, durante a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), prevista para setembro."Tenho que viajar em setembro a Nova York para participar na Assembleia Geral das Nações Unidas. Estou disposto a sentar com Obama, cara a cara, de homem para homem, para falar livremente sobre questões mundiais, diante dos meios de comunicação, para encontrar uma melhor solução", colocou.Brasil Já o ministro brasileiro do Exterior, Celso Amorim, disse estar "muito otimista" sobre a possibilidade de o Irã e as potências nucleares reatarem negociações em breve. Em entrevista ao jornal argentino "Clarín", o chanceler afirmou que, "se houver negociações", o Irã pode suspender o enriquecimento de urânio a 20% -nível próprio apenas para fins medicinais.Para manter a hegemonia, a forçaA existência do plano para atacar o Irã é uma demonstração cabal de que o imperialismo estadunidense continua apostando na ação militar, desfazendo as ilusões quanto a uma suposta tendência pacifista e democrática da atual administração. Os Estados Unidos não abrem mão da hegemonia mundial nem da primazia militar. Isto representa um foco permanente de tensões e conflitos na conjuntura mundial. As reafirmações recentes de autoridades norte-americanas da política de “guerra ao terrorismo” formulada durante o governo Bush (2001-2008) e a escalada dos preparativos de um ataque contra o Irã trazem a discussão sobre o perigo de guerra na atual conjuntura do terreno das elucubrações para o da política concreta, exigindo resposta das forças progressistas e amantes da paz em todo o mundo.

BP, uma bomba relógio no sistema financeiro internacional

Segundo Michael R. Kratke, Professor de Economia Política e Diretor do Instituto de Estudos Superiores da Universidade de Lancaster no Reino Unido, a BP é uma bomba de relógio no sistema financeiro mundial. A empresa refinancia-se com derivados creditícios e fundos de pensões que agora, e para infelicidade dos seus clientes, têm grandes perdas. Dois elementos tão centrais como obsoletos do atual capitalismo – uma economia baseada na energia fóssil e na especulação financeira à escala planetária – levam-nos diretamente à próxima catástrofe.
Michael Kratke - Sin Permiso
O que começou como uma crise financeira em setembro de 2008, com a irrevogável falência do banco Lehman-Brothers, pode agora entrar na próxima ronda com a previsível queda da BP. A transnacional britânica é uma bomba relógio financeira, não só para a Grã-Bretanha mas para todo o Reino Unido. Os custos do desastre petrolífero no Golfo do México estimam-se em 70 bilhões de dólares.Para os britânicos, a BP é como instituição nacional, a maior sociedade anônima do país, a blue chip mais brilhante do mercado de valores londrino. Muitas pessoas julgam que a BP é uma empresa petrolífera. E é verdade. A BP fornece petróleo, tem oleodutos e refinarias um pouco espalhados por todo o mundo. Mas a BP é, simultaneamente, um banco com um raio de ação internacional que, tal como a Enron ou a General Motors, actua nos mercados financeiros internacionais.De AA a BBBComo, oficialmente, não é uma entidade financeira, a British Petroleum esta a meio caminho de ser um negócio OTC ou fora do mercado organizado de valores, isto é, que atua fora das bolsas, num negócio sem regulação nem controle. O refinanciamento é através da titularização de derivados creditícios de alto risco, CSOs [obrigações colaterais sintéticas, na sua sigla inglesa], a que não corresponde qualquer valor patrimonial, mas apenas derivados creditícios. São um próspero comércio esses derivados financeiros. A BP é detentora ou tem participações em pelo menos 18% dos papéis deste tipo que circulam por todo o mundo. Recordamos que a crise financeira mundial foi desencadeada pela queda em cadeia de derivados titularizados: as CDOs [obrigações de dívida colateral, na sua sigla inglesa] e os CDS [derivados creditícios de dívida, na sua sigla inglesa]. Agora, os riscos nas CSOs são muito maiores e o alavancamento creditício de maior envergadura e as regulações são desconhecidas.Por outras palavras: Quando a BP quebrar, a sua falência terá consequências globais. Como supostamente sucedeu no caso Lehman-Brothers, ninguém sabe até que ponto a BP está endividada, nem quem nem em que jogos de azar estão envolvidos os créditos da BP. Mas, como a transnacional é considerada a pérola da coroa da indústria financeira britânica, com fundamento se pode suspeitar que estão aqui metidos todos os que gozam de reputação e hierarquia no mundo financeiro internacional. Não há dúvidas: a próxima bolha está prestes a rebentar. É só uma questão de tempo. Mais provável dentro de semanas que de meses.O valor patrimonial das instalações da British Petroleum atinge agora o montante de 240 bilhões de dólares. Muitos dos seus campos petrolíferos e participações estão à venda por todo o mundo. Desde finais de abril, perdeu metade do seu valor em bolsa. Deverá entrar um investidor estratégico, provavelmente um fundo estratégico árabe. Os líbios querem ser uma opção mas ninguém se balança a tamanho risco. E os meros boatos de uma entrada de mil milionários árabes não convencem as agências de qualificação do risco.A Fitch, a menor das três grandes, baixou drasticamente no passado dia 15 de junho a qualificação do gigante petrolífero, pela segunda vez em duas semanas: e desta vez nada menos do que seis escalões de uma vezada, de AA para BBB. Se as duas grandes – a Moody’s e a Standard & Poor’s – a seguirem, os empréstimos da BP baixarão à categoria de lixo, como os títulos da dívida pública grega. De qualquer modo, grandes investidores destas agências, como Warren Buffet, colocaram milhares de milhões em ações e obrigações da BP, o que explica a moderação da Moody’s e da Standard & Poor’s.Nada de OPAs hostisEntretanto, a BP teve que ceder à pressão do governo dos EUA e sujeitar-se a um fundo de garantias num montante de 20 bilhões de dólares. Pelo menos até ao próximo ano a BP não poderá continuar a pagar dividendos, terá que seguir uma política de poupança férrea e eliminar milhares de postos de trabalho, os primeiros 5.000 já em 2010. Há fortes indícios que levam à suspeita que a explosão do passado dia 20 de abril no Golfo do México assenta numa implacável política de redução de custos. A segurança e o cuidado, como é sobejamente sabido, custam tempo e dinheiro. Quem louva o capitalismo pela sua eficiência não sabe do que fala. Ou se sabe, dá a entender aquilo em que não acredita.A questão é que Londres prepara-se para o pior. Debaixo de um clamoroso silêncio acompanhado de rotundos desmentidos, trabalha-se em planos de emergência. A queda descontrolada ou uma tomada de controle da BP seria uma catástrofe para os britânicos. As ações da BP têm fama em todo o mundo de investimentos seguros e lucrativos. A BP pagava regularmente, trimestre a trimestre, polpudos dividendos.Os fundos de pensões, os maiores investidores institucionais nos mercados financeiros internacionais, compravam e mantinha enormes quantidades de acções da BP. E no sistema britânico de reformas os fundos de pensões jogam um papel chave. Só que, precisamente os rendimentos de reforma cobertas por capital são tudo menos seguros. Quando rebentou a bolha imobiliária estadunidense em 2008, muitos fundos de pensões resultaram em prejuízos dos depositantes e pensionistas. Para os fundos de investimento britânicos que há alguns anos investiam em acções da BP, a catástrofe petrolífera é ao mesmo tempo um desastre financeiro. Cerca de um sexto de todos os dividendos que se pagam no Reino Unido vêm da BP! Assim, os fundos perderam de três formas: patrimonialmente pela queda livre das ações da BP, pelos dividendos evaporados, e pela diminuída capacidade de crédito.Os fundos de pensões perderam já muito dinheiro com as ações dos bancos e, agora, cai-lhes em cima a situação da BP. Se se calcularem as possíveis perdas tendo por base uma pensão média entre 12 mil e 13 mil libras esterlinas anuais, falamos de 800 a 1.000 libras esterlinas por ano. Daí, o governo do primeiro-ministro Cameron não ter escolha. Se a BP ajoelha, terá que intervir com um novo pacote milionário de resgate. Se foi necessário para os grandes bancos, não será menos necessário para a BP. Isso significa mais dívida pública e ainda mais desproporcionados pacotes de poupança.A BP não pode desaparecer, pois ela é, de longe, um dos maiores contribuintes fiscais da Ilha e controla uma boa parte das infra-estruturas vitais do reino insular, como a Forties Pipeline System que liga mais de 50 campos petrolíferos no Mar do Norte, ou o oleoduto Baku-Tiblisi-Ceihan, que possibilita o trânsito de petróleo do Cáucaso para a Europa ocidental. Por isso, David Cameron anuncia que o seu governo fará tudo o que estiver ao seu alcance para impedir o controle da BP por empresas petrolíferas chinesas, árabes ou russas. Se a BP cai nas mãos das gigantes norte-americanas, acabaram-se as considerações para com os fundos de pensões ou para quaisquer outras necessidades britânicas. Dentro de poucos dias a BP tem que liquidar os pagamentos que se vencem no segundo trimestre de 2010. O seu montante é enorme.Este caso ilustra com clareza como dois elementos tão centrais como obsoletos do capitalismo – uma economia baseada na energia fóssil e na especulação financeira planetária – nos aproximam do abismo da próxima catástrofe.(*) Michael R. Krätke é Professor de Economia Política e Director do Instituto de Estudos Superiores da Universidade de Lancaster no Reino Unido.Este texto foi publicado dia 26 de Julho de 2010 em www.sinpermiso.info Tradução de José Paulo Gascão