Na última década, 31 milhões de pessoas entraram na classe média brasileira. Atualmente, cerca de 95 milhões fazem parte desse estrato social, com renda familiar entre R$ 1.000 e R$ 4.000. São, sobretudo, jovens, com emprego formal, alto potencial de consumo e características heterogéneas. É o que mostra o Classe Média em Números, lançado nesta segunda-feira (8/8) pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE). O levantamento traz um perfil detalhado da nova classe média brasileira, feito com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O estudo tem por objetivo traçar as características desse grupo social, com vistas a subsidiar o governo na definição de políticas públicas específicas para o setor.
A renda per capta entre R$250,00 e R$1.000,00 configura para a pesquisa fazer parte da classe média brasileira. Vindo a reforçar a boa política pública aplicada no governo Lula, fazendo com que a população trabalhadora, depois de longos anos, tivesse aumento real de renda salarial. Parabéns para o governo Lula (2003-2010). Estamos esperando seu retorno em 2014!
Mas ainda existe muita divergência que precisa ser trabalhada. A primeira é a questão do enquadramento. Considerar uma família de quatro pessoas com renda mensal de R$1.000,00 como sendo classe média é muita forçação de barra. Não representa nem dois salários mínimos, no mínimo essa família é pobre e não miserável, agora chamar de classe média não dá. Onde é que uma família com renda de dois salários mínimos poderá comprar sua casa própria? Pagar uma prestação de um carro novo (que varia entre R$600,00 a R$900,00)? Considero classe média uma renda per capta acima de R$1.100,00.
A segunda divergência é quanto as diferenças regionais. O Sudeste concentra a quase metade dela e o Nordeste fica com quase a metade dos pobres do país. Falta uma política de nacionalização das riquezas. E isso somente virá com uma política de médio prazo (~ 20 anos) educacional, de industrialização, de turismo, e serviços.
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