Presidente Lula prestigia cerimônias e visita obras da Refinaria Abreu e Lima nesta sexta-feira (27/8). O Canal Panorama da Web TV vai transmitir a inauguração a partir das 14h
Acompanhe as cerimônias a partir das 14h, pelo Canal Panorama da Web TV.
A unidade de polímeros e fios de poliéster da Companhia Petroquímica de Pernambuco (PetroquímicaSuape) produzirá 240 mil toneladas por ano de filamentos e polímeros têxteis. O primeiro processo a entrar em funcionamento será o de texturização, em que serão produzidos fios para malharias e tecelagens. Outras duas plantas industriais compõem o complexo petroquímico: uma para a produção de ácido tereftálico (PTA) e outra de resina PET.
A PetroquímicaSuape foi constituída para estruturar uma cadeia nacional de poliéster, capaz de estimular o desenvolvimento dos diversos segmentos que utilizam essa matéria-prima, como o de embalagens e, especialmente, o têxtil, que é o segundo maior gerador de empregos no País e o que mais emprega mulheres.
Para assegurar competitividade em padrões internacionais, a PetroquímicaSuape foi estruturada considerando-se três fatores importantes: tecnologia de vanguarda, capacidades de produção equivalentes às maiores empresas mundiais nesses segmentos e integração das unidades produtivas e atividades de apoio.
A planta de PTA, que é a principal matéria-prima do poliéster, tem capacidade para 700 mil toneladas/ano e a de resina PET produzirá 450 mil toneladas/ano. Do total de PTA produzido, 85% serão consumidos internamente nas unidades de fios de poliéster e resina PET e o excedente será destinado ao mercado interno.
Hoje, mais de 7 mil pessoas estão trabalhando no empreendimento e, no pico das obras, previsto para novembro, serão gerados mais de 8 mil empregos.
Construção de escola têxtil
Para promover a capacitação de pessoal para o setor têxtil, será construída a Escola Técnica Senai–Ipojuca – Centro de Formação Profissional Horacio Lugon, construída em parceria formada pela PetroquímicaSuape, município de Ipojuca e Senai/PE, que assinam, nesta sexta-feira (27/8), convênio para construção da instituição de ensino.
A escola têxtil será a primeira do País especializada na formação de pessoal para o segmento de fibras sintéticas, como o poliéster, e capacitará pessoal para todos os elos da cadeia têxtil: indústrias de fios, malharias, tecelagens, confecções e moda. A escola será localizada em uma área de 10 km², na interseção das Rodovias PE-060 e PE-042, em Ipojuca.
Na parceria, a PetroquímicaSuape repassará os recursos para a construção do imóvel e aquisição de equipamentos; o município de Ipojuca cederá o terreno, executará o projeto arquitetônico e participará de atividades administrativas e operacionais, junto com o Senai, que assumirá a operação e gestão pedagógica da escola, que estará em funcionamento no primeiro semestre de 2012. A escola é financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A iniciativa faz parte das práticas de responsabilidade social da PetroquímicaSuape, que elegeu a educação e a geração de trabalho e renda como principais eixos de suas ações, e atende a uma demanda do município, que está contribuindo para a viabilização do empreendimento industrial, por meio de parcerias e incentivos fiscais. Além disso, a escola conta com a experiência de ensino do Senai/PE, referência na área de educação profissional.
Gasoduto Pilar-Ipojuca dobra capacidade de entrega de gás natural
O Gasoduto Pilar-Ipojuca se estende de Pilar (AL) a Ipojuca (PE), ampliando a capacidade de entrega de gás natural a partir de Pilar para os estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, dos atuais 3,5 milhões para 7,5 milhões de m³/dia. Essa expansão ocorre 11 anos após o início da operação do último gasoduto construído na região para atendimento a esses estados – o GASALP (Gasoduto Pilar-Cabo). Este incremento no transporte de gás natural se dará em função da entrada em operação do Gasoduto Pilar-Ipojuca, já concluído e com licença concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e da ampliação do Serviço de Compressão (Scomp) instalado em Pilar.
Com 189 km de extensão e 24 polegadas de diâmetro, o gasoduto abastecerá o mercado nordestino com gás proveniente da região Sudeste (bacias de Campos e Espírito Santo, além da Bolívia e do GNL importado através do Terminal de Regaseificação da Baía de Guanabara), transportado pelo Gasene (Gasoduto da Integração Sudeste-Nordeste), e da região Nordeste (bacias dos estados de Alagoas, Sergipe e Bahia).
A capacidade de transporte propiciada pelo Gasoduto Pilar-Ipojuca permitirá levar gás natural para importantes empreendimentos, entre eles a Refinaria Abreu e Lima e a PetroquímicaSuape.
O Gasoduto Pilar-Ipojuca aumentará a segurança energética, dando mais sustentabilidade ao desenvolvimento econômico na região Nordeste. Com sua capacidade de transporte e flexibilidade, será possível aumentar significativamente a oferta de gás natural para as companhias estaduais de distribuição de gás natural Copergás (PE), PBGás (PB) e Potigás (RN).
O aumento da capacidade de transporte de gás natural na região beneficiará também as usinas termelétricas Termopernambuco (532 MW), em Pernambuco, com consumo máximo de 2,4 milhões de m³/dia, e Jesus Soares Pereira (368 MW), no Rio Grande do Norte, com consumo máximo de 2,2 milhões m³/dia.
A construção do Gasoduto Pilar-Ipojuca começou em fevereiro de 2009, gerando 8,4 mil empregos diretos e indiretos, com 72% de utilização de mão-de-obra local dos municípios atravessados pelo gasoduto. O índice de nacionalização da obra é de aproximadamente 70%.
O Pilar-Ipojuca acompanha o traçado do GASALP, atravessando 16 municípios, dos quais 11 no estado de Alagoas (Pilar, Rio Largo, Messias, Flexeiras, São Luís do Quitunde, Joaquim Gomes, Passo de Camaragibe, Matriz de Camaragibe, Jundiá, Campestre e Jacuípe) e cinco no estado de Pernambuco (Água Preta, Gameleira, Rio Formoso, Sirinhaém e Ipojuca). Durante a construção e montagem do gasoduto foram realizadas 42 obras de travessias de rios e córregos e 18 cruzamentos de rodovias e ferrovias. A faixa de servidão do gasoduto está sendo recuperada, com recomposição das margens de rios e córregos e do sistema de drenagem.
Esse gasoduto tem 85% de sua faixa em áreas de lavouras de cana-de-açúcar, espaço que poderá ser reocupado por esta cultura, minimizando os impactos causados ao meio ambiente e às comunidades envolvidas.
Refinaria Abreu e Lima
Após 30 anos da implantação de sua última unidade de refino, a Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), a Petrobras iniciou, em Pernambuco, a construção da Refinaria Abreu e Lima. O empreendimento, com previsão de entrada em operação no fim de 2012, situa-se em uma área de 6,3 km², localizada em um dos maiores canteiros de obras do país: o Complexo Industrial Portuário de Suape, polo de atividade econômica com condições geográficas privilegiadas pela proximidade dos principais centros de consumo do Nordeste e pela confluência dos modais dutoviário, rodoviário, ferroviário e marítimo.
Com capacidade para processar 230 mil barris de petróleo/dia, cerca de 11% da capacidade atual de refino de petróleo no Brasil, a unidade vai produzir diesel, gás de cozinha (GLP), nafta petroquímica e coque. O diesel, derivado mais valorizado da cadeia e com expectativa de aumento de consumo no país, representará cerca de 70% do volume de derivados a serem produzidos pela refinaria. A partir de 100% de petróleo pesado, a Abreu e Lima vai produzir diesel com baixo teor de enxofre, com 50 ppm (partes por milhão), podendo chegar ao diesel com 10 ppm de enxofre, atual padrão europeu. Além disso, a produção irá garantir a autossuficiência do país também nesse derivado.
No momento estão alocadas na obra 8,2 mil pessoas para a realização de serviços terraplanagem (99% concluída), construção da área administrativa, implantação da casa de força, subestações elétricas, unidade de ar comprimido, unidades de destilação, unidades de coqueamento retardado, unidades de hidrorrefino, tanques de armazenamento e estação de tratamento de água.
Durante o pico das obras serão gerados aproximadamente 30 mil postos de trabalho diretos. Na fase de operação a previsão é de 1,5 mil empregos diretos.
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