17/6/2011
A deflação ocorre com a variação negativa dos preços
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) diminuiu nas sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em 15 de junho, em relação à semana anterior. É a terceira semana consecutiva em que ocorre queda no índice nas sete cidades. A maior queda foi observada em Porto Alegre, já que a cidade passou de uma inflação (alta de preços) de 0,12% em 7 de junho para uma deflação (queda de preços) de 0,35% no dia 15 (ou seja, uma redução de 0,47 ponto percentual.
A cidade de São Paulo também apresentou grande redução no IPC-S, ao passar de uma inflação de 0,27% no dia 7 para uma deflação de 0,15% no dia 15 (ou seja, uma queda de 0,42 ponto percentual). Outras grandes reduções do IPC-S foram percebidas nas cidade de Salvador (0,34 ponto percentual, ao passar de 0,33% para –0,01% no período) e Belo Horizonte (0,34 ponto percentual, ao passar de 0,72% para 0,38%).
As demais cidades apresentaram as seguintes variações no IPC-S: Rio de Janeiro (0,26 ponto percentual, ao passar de 0,32% para 0,06%), Recife (0,15 ponto percentual, ao passar de 0,88% para 0,73%) e Brasília (0,08 ponto percentual, ao passar de 0,34% para 0,26%).
Índice em queda
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) teve deflação de 0,22% em junho. O resultado é inferior ao observado um mês antes, quando foi registrada elevação de 0,55%. No ano, o índice acumula alta de 3,28% e no período de 12 meses, o aumento acumulado chega a 8,78%.
De acordo com os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta sexta-feira, a queda no IGP-10 foi puxada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA). O indicador, responsável por 60% da taxa global, apresentou deflação de 0,69% em junho, depois de registrar alta de 0,23% em maio. Houve decréscimo nas taxas dos alimentos in natura (de 3,82% para -4,47%); e dos bens intermediários (de 0,90% para -0,74%), como materiais e componentes para a manufatura (de 1,19% para -1,16%). Também ficaram mais baratas no período as matérias-primas brutas (de – 0,52% para -0,64%), com destaque para a cana-de-açúcar (de 11,17% para -0,14%), o milho em grão (de 0,50% para -2,45%) e suínos (de 2,96% para -9,33%).
A FGV verificou redução, ainda, no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do IGP-10 (de 0,98% para 0,10%). Esse movimento foi observado em todas sete classes de despesa componentes do IPC, principalmente em alimentação (de 1,04% para -0,37%) e transportes (de 1,74% para -0,79%). Pesaram menos no bolso do consumidor as hortaliças e os legumes (de 4,75% para -0,86%), as frutas (de -0,56% para -4,71%) e os pescados frescos (de 0,98% para -3,02%). Também ficaram mais baratos a gasolina (de 5,61% para -1,92%) e o álcool combustível (de 3,67% para -14,45%).
Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: vestuário (de 1,51% para 0,45%), saúde e cuidados pessoais (de 1,13% para 0,54%), despesas diversas (de 0,73% para 0,17%), educação, leitura e recreação (de 0,36% para 0,30%) e habitação (de 0,68% para 0,66%).
Último componente do IGP-10, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) foi o único a subir em junho, passando de 1,57% em maio para 2,18%. A alta foi puxada pelo custo da mão de obra (de 2,74% para 3,98%). Houve diminuição nas taxas relativas aos materiais e equipamentos (de 0,45% para 0,42%) e serviços (de 0,52% para 0,45%). O INCC responde por 10% da taxa global.
Para calcular o IGP-10, a FGV coletou preços entre os dias 11 de maio e 10 de junho, quando consatatou a deflação em determinados preços.
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