Por Roberto Lucena - repórter Tribuna do Norte.
Seis aprovados no Vestibular 2011 da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) correm o risco de serem excluídos do processo seletivo. Uma comissão instituída pela Comperve está analisando os documentos apresentados pelos estudantes e, até o final desta semana, vai informar se eles terão a mesma penalidade de Antônio Gomes da Silva Filho, primeiro lugar no curso de Medicina, que foi excluído por ter, segundo a universidade, fraudado o histórico escolar para ser beneficiado pelo argumento de inclusão.
O reitor da UFRN, Ivonildo Rêgo, prefere somente revelar a identidade dos alunos ao final da investigação, mas informou que todos são da área Biomédica: dois de Medicina, três de Odontologia e um de Nutrição. “A comissão está investigando e até o final da semana vamos encerrar os trabalhos”, disse. As aulas na universidade começaram ontem. O reitor afirmou que é possível que alguns dos alunos investigados já estejam em sala de aula, mas, caso a fraude seja descoberta, serão desligados da instituição de ensino. “Os alunos sob suspeita já foram informados do caso e sabem que estão sendo analisados. A qualquer tempo, eles podem ser excluídos”.
Na semana passada, a UFRN anunciou a eliminação de Antônio Gomes da Silva Filho porque ele teria cursado o ensino básico e médio em escolas da rede privada, mas cursou também o Educação para Jovens e Adultos (EJA) supostamente para conseguir o argumento de inclusão oferecido aos estudantes que são oriundos da rede pública. O calouro nega a ilegalidade e disse que vai acionar a Justiça para reverter a decisão da UFRN.
Este foi o primeiro ano que a UFRN recebeu alunos que estudaram no EJA. O reitor da instituição acredita que as investigações não vão deixar suspeitas com relação às próximas avaliações. “O nosso vestibular é muito respeito. A Comperve elabora um excelente exame. Essas investigações só vão reforçar nossa credibilidade. Isso é um aviso aos alunos: esperteza não vale a pena”, declara Ivonildo Rêgo.
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