Reproduzo artigo de Elaine Tavares, publicado no blog Palavras Insurgentes:
Outro dia li um artigo de alguém criticando o que chamava de pseudo-esquerda que fica falando mal do BBB, mas que também dá sua espiadinha. E também li outras coisas de pessoas falando sobre o quanto há de baixaria no “show de realidade” da Globo. Fiquei por aí a matutar. E fui observar um pouco deste zoológico humano que a platinada oferece na suas noites. Agora é importante salientar que a gente nem precisa assistir para saber tudo o que se passa. É só estar vivo para saber. As notícias estão no jornal, no ônibus, no elevador, em todos os lugares.
Então esse papo de que quem critica é hipócrita porque também vê não tem qualquer sentido. As coisas da indústria cultural nos são impostas de forma quase que totalitária. É praticamente impossível fugir destes saberes. Mesmo no terminal, esperando o ônibus, lá está o anúncio luminoso onde buscamos o horário do busão, dando as “notícias” dos broders. É invasivo e feroz.
Mas enfim, sou um bicho televisivo, e gosto de ficar feito uma couve em frente ao aparelho de TV analisando o que é que anda engravidando as gentes deste grande país que se alfabetiza por esta janelinha. Lá fiquei acompanhando alguns episódios do triste programa. Deveras, me causa espécie. Mas não falo pelo quê de promíscuo ou imoral possa ter o “show”, já que coisas do tipo que se vêem ali também são possíveis de ver na novela, nos filmes, etc... O que me apavora é capacidade de ser tão perverso e desestruturador de consciências. Está bem, as pessoas estão ali porque querem, elas mandam vídeos, se oferecem, morrem até para estar naquela casa, em busca do que pensar ser seu lugar ao sol. Mas, ainda assim, é perverso demais o que os “inventores” fazem com aquelas tristes criaturas.
Sempre pensei que a coisa nunca poderia ficar pior. Mas fica. Cada ano a violência fica maior. E o que me espanta é que não há gente a gritar contra isso. Agora inventaram a figura de um sabotador. Pois já não bastava colocar a possibilidade concreta de alguém (o espectador) eliminar outro (o broder “????”), o que, obviamente inaugura uma possibilidade por demais perversa de se apertar um botão e destruir o sonho de alguém, com requintes de crueldade. Uma coisa de uma maldade abissal. Então, o tal do sabotador é uma pessoa, do grupo, que precisa sabotar os seus companheiros para poder se safar. Inaugura-se assim mais uma instância da estúpida violência, a qual é parte intrínseca do “show”. Vi a cara do rapazinho. Estava em completo desespero. Precisava sabotar seus amigos. E o fez. Em nome do milhão.
Depois, um outro, ao atender ao telefone que sempre ordena uma sequência de maldades, obrigou-se a mandar sua colega para uma solitária, coisa que, nas cadeias, é motivo de grandes lutas dos grupos de direitos humanos. O garoto disse o nome da sentenciada, e seu rosto se cobriu de desespero. No dia em que ela saiu do castigo, enquanto os demais a abraçavam, ele se deixava cair, escorregando pela parede, chorando. Sabia, é claro, que aquela ação o colocava na mira da outra e na condição de um desgraçado que entrega seus colegas.
E assim vai o “grande irmão” propondo maldades e violências aos pobres sujeitos que ali entram em busca de um espaço na grande vitrine da vida. Confesso que a mim pouco se me dá se são homossexuais, trans, bi, héteros tarados, loucas, putas ou santas. Cada uma daquelas criaturas que ali estão quebrando todas as regras da ética do bem viver são pobres seres humanos, perdidos num mundo que exige da juventude bunda, músculo, peito e cabeça vazia. Não são eles os “imorais”. São vítimas. Querem mais do que as migalhas do banquete. Querem pegar com as unhas a promessa que o sistema capitalista traz na sua pedagogia da sedução: “qualquer um pode neste mundo livre”.
Tampouco me surpreende que um jornalista como Pedro Bial, dono de um texto refinado, esteja cumprindo o triste papel de fomentar a perda de todo o sentido ético que um ser humano pode ter. Ele, também buscando vencer nesse mundo que o capitalismo aponta como o melhor possível, fez a sua escolha. Optou por ser um sacerdote destes tempos vis. Um sacerdote muito bem pago.
O que me entristece é saber que essa pedagogia capitalista seguirá se fazendo todos os dias nas casas das gentes, que muitas vezes assistem ao programa porque simplesmente não têm outra opção. O melhor sinal é o da platinada. Pega em qualquer lugar deste grande país. Há os que vêem e nem gostam, mas ocorre que estas “lições” em que se eliminam pessoas, em que se traem os amigos, em que vale tudo, passam meio que por osmose. É a lavagem cerebral. É a violência extrema sendo praticada entre risos e apupos de “meus heróis”. Tudo pela “plata”.
Enquanto isso, como bem já levantaram alguns blogueiros, a Globo, junto com as companhias telefônicas, lucra rios de dinheiro com as ligações que as pessoas fazem para eliminar os “irmãos”. É galera, brother quer dizer irmão em inglês. E olha só o que se faz com um irmão? Essa é a “ética”. Os empresários globais lambem seus bigodes.
Então, fazer a crítica a esse perverso programa não é coisa de pseudo-esquerda. Deve ser obrigação de qualquer um que pensa o país. A questão do “grande irmão” não é moral. É ética. Trata-se da consolidação, via repetição, de uma pedagogia, típica do capitalismo, que pretender cristalizar como verdade que para que um seja feliz, outro tenha que ser “eliminado”. O show da Globo é uma violência explícita, cruel, nefanda, sinistra e miserável. É coisa ruim, malcheirosa. Penso que há outras formas de a gente se divertir, sem que para isso alguém tenha de se ferrar! Até mesmo os mais importantes cientistas mundiais já alardearam a verdade inconteste: vence quem coopera. Onde as pessoas, juntas, buscam o bem viver, ele vem...
BLOG COM ESPAÇO PARA A DISCUSSÃO E EXPOSIÇÃO DAS OPINIÕES DA MAIORIA OPRIMIDA E INERTE AO SISTEMA POSTO.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Reflexão sobre Deus e o ateísmo
Passei a minha vida sendo cristão educado dentro da cultura cristã adventista nunca imaginei que houvesse possibilidade de ocorrer uma mudança tão drástica de pensamento e passar a ser ateu ou agnóstico. Mas como já ouvi uma vez numa palestra, a única certeza que nós temos é a mutabilidade. Pois bem, quero aqui fazer uma reflexão sobre essas mudanças de pensamento de como pensava antes e de como vejo sobre outro aspecto o mesmo objeto.
Nossa visão sempre é muito estreita e somente quando se dar a oportunidade de ler ou ouvir outras opiniões religiosas, doutrinárias, culturais e reflexivas sobre a vida e que podemos crescer nem que seja nos princípios que já cremos ou mudarmos completamente como ocorreu comigo. Sempre fui muito permissivo neste sentido, como tinha supostamente certeza das minhas convicções eu nunca me neguei ler, ouvir, assistir sobre qualquer assunto que me apresentassem. O que de certa forma já era um pensamento progressista, pois se tivesse a cabeça serrada para outras opiniões como eu poderia me dizer livre e aberto ao diálogo. Mas é comum no meio evangélico e católico pessoas que além de acharem estar corretos, e donos da verdade, dizem que não querem ouvir nem ler nada que não seja concordando com aquilo que crêem. Não passa esse pensamento de uma forma de dominação psicológica dos padres e pastores, que por medo de perder seus fieis os infligem sempre a opinião de que seria perda de tempo e que tal posição desagradaria a Deus.
A religião nos vende a idéia que somente se estivermos com Deus, Ele preenchendo o você e o vazio que existe dentro do homem é que seremos felizes e que assim teremos vida plena aqui e esperança no futuro. Passa sempre a idéia de que felicidade só existe assim. Um dos traumas mais duros de enfrentar é este. Pois quando se começa a fazer perguntas e essas perguntas não tem respostas dentro da bíblia ou das religiões ou livros sagrados é: e agora, se não existe Deus, ou pelo menos não tenho certeza de sua existência, em que creio, que tipo de base de esperança terei daqui para frente? São perguntas e questionamentos que nos deixam inquietos por um momento, mas que logo vem outras perspectivas.
Nos não temos vazio algum que tem que ser preenchido por algo superior. Isso nos é colocado de garganta abaixo psicologicamente, como por uma lavagem cerebral. O fato de não crer numa vida futura não afasta de mim o propósito de ser e continuar sendo feliz na vida presente, muito pelo contrário, agora sim valorizo mais o presente e não admitirei a infelicidade e a injustiça e as desculpas que os religiosos usam de que se hoje sou infeliz ou estou sobre injustiça que aguarde pois no futuro depois da morte serei recompensado.
Abre-se uma cortina também quanto a enxergar o contexto social justificado pelo misticismo que existe nos países de terceiro mundo. Milhões de pessoas que estão abaixo da linha da pobreza e que são dominados e permanecem assim na esperança de uma recompensa futura que nunca virá e que somente serve a propósitos de continuidade das barbáries atuais, os ricos sempre mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
Existe muito preconceito e má interpretação quanto ao ateísmo e ou ao agnosticismo. As pessoas costumam pensar que os ateus são maus ou que não tem sentimentos bons, ou que são revoltados e por isso se dizem ateus. Quando na verdade não passei por nenhuma dessas etapas e apenas fiz algumas perguntas, tipo: se Deus criou o homem quem criou os dinossauros? Se Deus criou os dinossauros, quando os criou e que propósito criou, e por que até a ciência provar sua existência a religião não se manifestara nesse respeito? Quem criou o mau? Se Deus é criador de tudo então Ele criou o mau? Se Ele não criou o mau, então existe outro deus que criou o mau? Antes do mau existir Deus já conhecia o mau? Então Ele projetara o mau? Uma das provas mais firmes de que a religião é uma criação humana é ao se acompanhar as tribos mais afastadas da civilização, onde nas tribos se desenvolve os mesmos passos de dominação pela religião e misticismo. Ele criam seus deuses, seus dogmas, suas crenças e estórias, toda uma repetição de tudo em qualquer cultura como naturalmente a mente humana faz.
Não existe hoje da minha parte qualquer preconceito ou insulto a figura divina ou as pessoas que freqüentam cultos e são fieis participantes. Não as enxergo de forma menor, mas apenas as vejo como um estágio. Há pessoas que querem ir mais longe independente se este longe signifique mudar toda sua concepção de vida, valores, etc.. Outras preferem ir até um certo ponto e permanecer crendo em alguma coisa, até para não perder a esperança de uma vida além daqui, já que nossa vida é muito rápida e trabalhosa.
Mas de uma coisa posso lhe afirmar: não aceite tudo de garganta abaixo sem questionar! Pergunte-se sobre os reais propósitos, se existe dinheiro envolvido, se existe interesses pessoais, se aquela pessoa não está apenas repetindo o que já recebeu de outro sem questionar, e assim por diante. Se nossa sociedade tivesse um espírito mais questionador não teríamos tantas diferenças e injustiças. A luta social é a única coisa certa hoje para mim, o homem sempre esteve pretendendo dominar seus pares, desde a formação das tribos e das comunidades. Isso é o egoísmo, o homem é assim – egoísta por natureza! É como se ele fosse o senso de sobrevivência que não permitiu sua extinção e que hoje trabalha, na sociedade moderna, como um gerador de conflitos.
Não me considero ateu, não me considero cristão, não me considero religioso, só sei que não existe respostas. Hoje estou mais para agnóstico, mas como falei no inicio: a mutabilidade é a única certeza que nós temos.
Nossa visão sempre é muito estreita e somente quando se dar a oportunidade de ler ou ouvir outras opiniões religiosas, doutrinárias, culturais e reflexivas sobre a vida e que podemos crescer nem que seja nos princípios que já cremos ou mudarmos completamente como ocorreu comigo. Sempre fui muito permissivo neste sentido, como tinha supostamente certeza das minhas convicções eu nunca me neguei ler, ouvir, assistir sobre qualquer assunto que me apresentassem. O que de certa forma já era um pensamento progressista, pois se tivesse a cabeça serrada para outras opiniões como eu poderia me dizer livre e aberto ao diálogo. Mas é comum no meio evangélico e católico pessoas que além de acharem estar corretos, e donos da verdade, dizem que não querem ouvir nem ler nada que não seja concordando com aquilo que crêem. Não passa esse pensamento de uma forma de dominação psicológica dos padres e pastores, que por medo de perder seus fieis os infligem sempre a opinião de que seria perda de tempo e que tal posição desagradaria a Deus.
A religião nos vende a idéia que somente se estivermos com Deus, Ele preenchendo o você e o vazio que existe dentro do homem é que seremos felizes e que assim teremos vida plena aqui e esperança no futuro. Passa sempre a idéia de que felicidade só existe assim. Um dos traumas mais duros de enfrentar é este. Pois quando se começa a fazer perguntas e essas perguntas não tem respostas dentro da bíblia ou das religiões ou livros sagrados é: e agora, se não existe Deus, ou pelo menos não tenho certeza de sua existência, em que creio, que tipo de base de esperança terei daqui para frente? São perguntas e questionamentos que nos deixam inquietos por um momento, mas que logo vem outras perspectivas.
Nos não temos vazio algum que tem que ser preenchido por algo superior. Isso nos é colocado de garganta abaixo psicologicamente, como por uma lavagem cerebral. O fato de não crer numa vida futura não afasta de mim o propósito de ser e continuar sendo feliz na vida presente, muito pelo contrário, agora sim valorizo mais o presente e não admitirei a infelicidade e a injustiça e as desculpas que os religiosos usam de que se hoje sou infeliz ou estou sobre injustiça que aguarde pois no futuro depois da morte serei recompensado.
Abre-se uma cortina também quanto a enxergar o contexto social justificado pelo misticismo que existe nos países de terceiro mundo. Milhões de pessoas que estão abaixo da linha da pobreza e que são dominados e permanecem assim na esperança de uma recompensa futura que nunca virá e que somente serve a propósitos de continuidade das barbáries atuais, os ricos sempre mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
Existe muito preconceito e má interpretação quanto ao ateísmo e ou ao agnosticismo. As pessoas costumam pensar que os ateus são maus ou que não tem sentimentos bons, ou que são revoltados e por isso se dizem ateus. Quando na verdade não passei por nenhuma dessas etapas e apenas fiz algumas perguntas, tipo: se Deus criou o homem quem criou os dinossauros? Se Deus criou os dinossauros, quando os criou e que propósito criou, e por que até a ciência provar sua existência a religião não se manifestara nesse respeito? Quem criou o mau? Se Deus é criador de tudo então Ele criou o mau? Se Ele não criou o mau, então existe outro deus que criou o mau? Antes do mau existir Deus já conhecia o mau? Então Ele projetara o mau? Uma das provas mais firmes de que a religião é uma criação humana é ao se acompanhar as tribos mais afastadas da civilização, onde nas tribos se desenvolve os mesmos passos de dominação pela religião e misticismo. Ele criam seus deuses, seus dogmas, suas crenças e estórias, toda uma repetição de tudo em qualquer cultura como naturalmente a mente humana faz.
Não existe hoje da minha parte qualquer preconceito ou insulto a figura divina ou as pessoas que freqüentam cultos e são fieis participantes. Não as enxergo de forma menor, mas apenas as vejo como um estágio. Há pessoas que querem ir mais longe independente se este longe signifique mudar toda sua concepção de vida, valores, etc.. Outras preferem ir até um certo ponto e permanecer crendo em alguma coisa, até para não perder a esperança de uma vida além daqui, já que nossa vida é muito rápida e trabalhosa.
Mas de uma coisa posso lhe afirmar: não aceite tudo de garganta abaixo sem questionar! Pergunte-se sobre os reais propósitos, se existe dinheiro envolvido, se existe interesses pessoais, se aquela pessoa não está apenas repetindo o que já recebeu de outro sem questionar, e assim por diante. Se nossa sociedade tivesse um espírito mais questionador não teríamos tantas diferenças e injustiças. A luta social é a única coisa certa hoje para mim, o homem sempre esteve pretendendo dominar seus pares, desde a formação das tribos e das comunidades. Isso é o egoísmo, o homem é assim – egoísta por natureza! É como se ele fosse o senso de sobrevivência que não permitiu sua extinção e que hoje trabalha, na sociedade moderna, como um gerador de conflitos.
Não me considero ateu, não me considero cristão, não me considero religioso, só sei que não existe respostas. Hoje estou mais para agnóstico, mas como falei no inicio: a mutabilidade é a única certeza que nós temos.
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Conselho de Administração terá representante dos empregados
Nova lei sancionada pelo presidente da República em 28/12/2010 determina participação de representante dos empregados nos conselhos das empresas públicas e de economia mista
Foi sancionada pelo Presidente da República, em 28 de dezembro de 2010, a Lei nº 12.353, que dispõe sobre a participação de empregados ativos nos Conselhos de Administração das empresas públicas e de economia mista e suas subsidiárias e controladas. A Petrobras já iniciou os preparativos para implementar as mudanças necessárias para alterar seu estatuto social e demais instrumentos de governança. A lei determina a realização de eleições para a escolha do representante, em pleito organizado em conjunto com as entidades sindicais.
A companhia agendou reunião com as entidades sindicais para iniciar entendimentos sobre como se dará a eleição do representante, bem como outros aspectos que envolvem a Lei nº 12.353. A primeira reunião ocorre no dia 1º de fevereiro com a Federação Única dos Petroleiros (FUP). No dia 2, acontece o encontro com os Sindipetros Rio Grande do Sul, Litoral Paulista, São José dos Campos, Alagoas/Sergipe e Pará/Amazonas/Maranhão/Amapá. No dia 3, será realizada uma reunião com os Sindicatos dos Marítimos e outra com o Sindipetro Rio de Janeiro
Além da controladora, Petrobras Distribuidora, Liquigás, Transpetro, Refap e TBG também deverão eleger representantes para seus Conselhos de Administração. A lei não se aplica às empresas que tenham menos de 200 empregados em seu quadro de pessoal.
A eleição do representante para o Conselho de Administração da Petrobras marca a participação dos empregados nas decisões estratégicas da companhia e dá cada vez mais transparência às ações da Petrobras.
Conheça a Lei nº 12.353 de 28 de dezembro de 2010
Foi sancionada pelo Presidente da República, em 28 de dezembro de 2010, a Lei nº 12.353, que dispõe sobre a participação de empregados ativos nos Conselhos de Administração das empresas públicas e de economia mista e suas subsidiárias e controladas. A Petrobras já iniciou os preparativos para implementar as mudanças necessárias para alterar seu estatuto social e demais instrumentos de governança. A lei determina a realização de eleições para a escolha do representante, em pleito organizado em conjunto com as entidades sindicais.
A companhia agendou reunião com as entidades sindicais para iniciar entendimentos sobre como se dará a eleição do representante, bem como outros aspectos que envolvem a Lei nº 12.353. A primeira reunião ocorre no dia 1º de fevereiro com a Federação Única dos Petroleiros (FUP). No dia 2, acontece o encontro com os Sindipetros Rio Grande do Sul, Litoral Paulista, São José dos Campos, Alagoas/Sergipe e Pará/Amazonas/Maranhão/Amapá. No dia 3, será realizada uma reunião com os Sindicatos dos Marítimos e outra com o Sindipetro Rio de Janeiro
Além da controladora, Petrobras Distribuidora, Liquigás, Transpetro, Refap e TBG também deverão eleger representantes para seus Conselhos de Administração. A lei não se aplica às empresas que tenham menos de 200 empregados em seu quadro de pessoal.
A eleição do representante para o Conselho de Administração da Petrobras marca a participação dos empregados nas decisões estratégicas da companhia e dá cada vez mais transparência às ações da Petrobras.
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Nova descoberta de petróleo leve no pré-sal da Bacia de Santos é anunciada
Análises preliminares comprovaram a extensão da acumulação, que contém óleo de alta qualidade (26º API), em reservatório de 200 metros
A Petrobras comunica uma nova descoberta de petróleo de boa qualidade nos reservatórios do pré-sal no bloco BM-S-9, em águas ultraprofundas da Bacia de Santos, com a perfuração do poço 3-BRSA-861-SPS (3-SPS-74).
Informalmente denominado Carioca Nordeste, o poço está localizado em águas onde a profundidade é de 2.151metros e a distância de 275 quilômetros do litoral do Estado de São Paulo, na área de avaliação do poço Carioca - 1-BRSA-491-SPS (1-SPS-50).
Análises preliminares comprovaram a extensão da acumulação, que contém petróleo de alta qualidade (26º API), em reservatório de 200 metros, superior ao resultado do poço pioneiro perfurado na área.
O bloco BM-S-9 é formado por duas áreas de avaliação: uma, do poço 1-BRSA-594-SPS (1-SPS-55), informalmente denominado de Guará e outra do poço 1-BRSA-491-SPS (1-SPS-50), informalmente denominado de Carioca, onde se localiza o poço descobridor.
A Petrobras, que é a operadora, detém 45% dos interesses desta concessão. Os demais parceiros do consórcio são as empresas BG Group, com 30% e Repsol com 25%. O consórcio dará continuidade aos investimentos previstos no Plano de Avaliação de Descoberta, apresentado para ANP em 2007, para confirmar as dimensões e características do reservatório, visando o desenvolvimento do projeto e das atividades no pré-sal da Bacia de Santos.
A Petrobras comunica uma nova descoberta de petróleo de boa qualidade nos reservatórios do pré-sal no bloco BM-S-9, em águas ultraprofundas da Bacia de Santos, com a perfuração do poço 3-BRSA-861-SPS (3-SPS-74).
Informalmente denominado Carioca Nordeste, o poço está localizado em águas onde a profundidade é de 2.151metros e a distância de 275 quilômetros do litoral do Estado de São Paulo, na área de avaliação do poço Carioca - 1-BRSA-491-SPS (1-SPS-50).
Análises preliminares comprovaram a extensão da acumulação, que contém petróleo de alta qualidade (26º API), em reservatório de 200 metros, superior ao resultado do poço pioneiro perfurado na área.
O bloco BM-S-9 é formado por duas áreas de avaliação: uma, do poço 1-BRSA-594-SPS (1-SPS-55), informalmente denominado de Guará e outra do poço 1-BRSA-491-SPS (1-SPS-50), informalmente denominado de Carioca, onde se localiza o poço descobridor.
A Petrobras, que é a operadora, detém 45% dos interesses desta concessão. Os demais parceiros do consórcio são as empresas BG Group, com 30% e Repsol com 25%. O consórcio dará continuidade aos investimentos previstos no Plano de Avaliação de Descoberta, apresentado para ANP em 2007, para confirmar as dimensões e características do reservatório, visando o desenvolvimento do projeto e das atividades no pré-sal da Bacia de Santos.
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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Na primeira “crise”, os primeiros sinais do governo Dilma
Reproduzo artigo de Jacson Segundo, publicado no Observatório do Direito à Comunicação:
A agenda de um governo muitas vezes se define pelos seus primeiros sinais. Eles, em geral, não são muito diretos e até por isso são comumente ignorados pelo jornalismo tradicional, que vive de futricas.
No meio da campanha, os analistas dos veículos tradicionais insistiram na tese de que o dono do governo Dilma seria o PMDB.
Que o partido de Temer teria uma participação muito maior na era Dilma do que na de Lula. E que o PT teria de se contentar com um naco muito menor de poder.
Na formação inicial do governo, essa tese não se confirmou. Muito pelo contrário.
O PMDB perdeu duas pastas importantes, Saúde e Comunicação, “trocadas” por Assuntos Estratégicos e Turismo, bem menores e menos influentes.
Comunicação e Saúde passaram exatamente para as mãos do PT. E para gente da estrita confiança da presidenta eleita, Alexandre Padilha e Paulo Bernardo.
O que está por trás dessa decisão de Dilma? Ela está querendo apenas mostrar quem manda no governo para o partido de Temer? Por que ela decidiu mexer no vespeiro da aliança política que a levou ao Palácio cutucando exatamente seu aliado preferencial?
De fato, há um sinal claro de que Dilma dá um recado geral: “o governo é de todos nós, mas a última palavra é minha”.
Mas isso não explica o risco que a operação política de tirar o PMDB do controle da Saúde e da Comunicação implica. Há um algo mais aí.
Dilma escolheu, entre outras, as áreas de Saúde e de Comunicação como estratégicas do seu governo. E por isso resolveu enfrentar as feras logo de cara para controlar esses setores.
Na Comunicação, a presidenta não deve deixar a regulação da mídia de lado, mas a menina dos olhos vai ser a Banda Larga.
Ao escolher Paulo Bernardo, Dilma aponta que essa será uma de suas prioridades, pois quando estava no Planejamento o ministro realizava o plano estratégico deste setor.
A Banda Larga com preço acessível para a classe C parece ter sido um dos programas eleitos por Dilma para ser uma das marcas do seu mandato. Não vai ser o seu Bolsa Família, mas tem potencial para ser algo como o Luz para Todos da era virtual.
Outra ação que Dilma quer tornar marca deste seu mandato é a melhoria no atendimento à saúde. Ou seja, acabar com as filas no SUS e dar padrão de qualidade no setor público à média do setor privado.
A intenção da presidenta parece ser a de levar à Saúde procedimentos semelhantes aos que foram implementados na Educação no que diz respeito ao gerenciamento estratégico da área e à construção de indicadores.
Dilma quer uma gestão inteligente no ministério e tinha convicção de que isso só poderia ser realizado por alguém com tino político, mas sem compromissos de compadrio. Por isso, escolheu Padilha.
A ele vai caber a missão de trabalhar com senso de prioridade para mudar a realidade do setor sem fazer alarde, mas possibilitando que ao fim de quatro anos a presidenta possa falar da área com orgulho, o que não foi possível ao final dos oito anos de governo Lula.
A presidenta parece também estar convencida que a Saúde é fundamental para a ação de segurança pública ter eficiência no combate à proliferação do uso de drogas, especialemente o crack.
Furtos e pequenos crimes nas grandes cidades guardam relação com eessa droga e Dilma já tratou da questão em vários dos seus pronunciamentos, incluindo o discurso da posse no Congresso.
Ainda é cedo para fazer prognósticos sobre o governo que se inicia. Mas as primeiras cartas lançadas parecem mostrar que Comunicação e Saúde não serão patinhos feios deste governo.
Quanto ao PMDB, o partido vai ser compensado pelas perdas que teve nessas áreas. Isso já estava no cálculo.
Mas quanto mais chiar, menos vai levar. Na lógica de Dilma, não funciona a intimidação e a pressão. É bom o PMDB levar em conta que a nova presidenta não abriu o bico nem sob tortura. E na época era só uma jovem.
A agenda de um governo muitas vezes se define pelos seus primeiros sinais. Eles, em geral, não são muito diretos e até por isso são comumente ignorados pelo jornalismo tradicional, que vive de futricas.
No meio da campanha, os analistas dos veículos tradicionais insistiram na tese de que o dono do governo Dilma seria o PMDB.
Que o partido de Temer teria uma participação muito maior na era Dilma do que na de Lula. E que o PT teria de se contentar com um naco muito menor de poder.
Na formação inicial do governo, essa tese não se confirmou. Muito pelo contrário.
O PMDB perdeu duas pastas importantes, Saúde e Comunicação, “trocadas” por Assuntos Estratégicos e Turismo, bem menores e menos influentes.
Comunicação e Saúde passaram exatamente para as mãos do PT. E para gente da estrita confiança da presidenta eleita, Alexandre Padilha e Paulo Bernardo.
O que está por trás dessa decisão de Dilma? Ela está querendo apenas mostrar quem manda no governo para o partido de Temer? Por que ela decidiu mexer no vespeiro da aliança política que a levou ao Palácio cutucando exatamente seu aliado preferencial?
De fato, há um sinal claro de que Dilma dá um recado geral: “o governo é de todos nós, mas a última palavra é minha”.
Mas isso não explica o risco que a operação política de tirar o PMDB do controle da Saúde e da Comunicação implica. Há um algo mais aí.
Dilma escolheu, entre outras, as áreas de Saúde e de Comunicação como estratégicas do seu governo. E por isso resolveu enfrentar as feras logo de cara para controlar esses setores.
Na Comunicação, a presidenta não deve deixar a regulação da mídia de lado, mas a menina dos olhos vai ser a Banda Larga.
Ao escolher Paulo Bernardo, Dilma aponta que essa será uma de suas prioridades, pois quando estava no Planejamento o ministro realizava o plano estratégico deste setor.
A Banda Larga com preço acessível para a classe C parece ter sido um dos programas eleitos por Dilma para ser uma das marcas do seu mandato. Não vai ser o seu Bolsa Família, mas tem potencial para ser algo como o Luz para Todos da era virtual.
Outra ação que Dilma quer tornar marca deste seu mandato é a melhoria no atendimento à saúde. Ou seja, acabar com as filas no SUS e dar padrão de qualidade no setor público à média do setor privado.
A intenção da presidenta parece ser a de levar à Saúde procedimentos semelhantes aos que foram implementados na Educação no que diz respeito ao gerenciamento estratégico da área e à construção de indicadores.
Dilma quer uma gestão inteligente no ministério e tinha convicção de que isso só poderia ser realizado por alguém com tino político, mas sem compromissos de compadrio. Por isso, escolheu Padilha.
A ele vai caber a missão de trabalhar com senso de prioridade para mudar a realidade do setor sem fazer alarde, mas possibilitando que ao fim de quatro anos a presidenta possa falar da área com orgulho, o que não foi possível ao final dos oito anos de governo Lula.
A presidenta parece também estar convencida que a Saúde é fundamental para a ação de segurança pública ter eficiência no combate à proliferação do uso de drogas, especialemente o crack.
Furtos e pequenos crimes nas grandes cidades guardam relação com eessa droga e Dilma já tratou da questão em vários dos seus pronunciamentos, incluindo o discurso da posse no Congresso.
Ainda é cedo para fazer prognósticos sobre o governo que se inicia. Mas as primeiras cartas lançadas parecem mostrar que Comunicação e Saúde não serão patinhos feios deste governo.
Quanto ao PMDB, o partido vai ser compensado pelas perdas que teve nessas áreas. Isso já estava no cálculo.
Mas quanto mais chiar, menos vai levar. Na lógica de Dilma, não funciona a intimidação e a pressão. É bom o PMDB levar em conta que a nova presidenta não abriu o bico nem sob tortura. E na época era só uma jovem.
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